sexta-feira, 10 de junho de 2016

Museu de Ali em Louisville vira ponto de peregrinação de fãs e religiosos

Mosaico Muhammed Ali Center 1 (Foto: Evelyn Rodrigues)
Espaço, que custou US$ 80 milhões, guarda relíquias da carreira do boxeador,
como o primeiro contrato profissional e até um presente do cantor Elvis Presley

Museu que conta a história de Muhammad Ali, o “Muhammad Ali Center” se transformou, nos últimos dias, em um ponto de peregrinação para fãs e religiosos que querem prestar sua última homenagem ao lutador. Desde a morte do lendário boxeador, na última sexta-feira, pessoas de todas as partes do mundo têm se dirigido ao local, seja para deixar a sua contribuição para o memorial feito pelos fãs bem em frente ao prédio, seja para reviver a história de Cassius Clay (nome de batista do atleta antes de sua conversão ao islamismo).

Localizado bem perto do Rio Ohio, onde o boxeador teria atirado a sua primeira medalha olímpica quando tinha 18 anos após um garçom se recusar a atendê-lo em um restaurante da cidade, o museu reúne diversas relíquias, como o primeiro contrato do atleta para uma luta profissional de boxe e até um roupão dado a Ali por Elvis Presley, que foi utilizado pelo lutador pela primeira vez em 1973 em Las Vegas, antes de sua luta contra Joe Bugner.

Aberto em novembro de 2005, o espaço, que custou US$ 80 milhões, tem seis andares de exibição, mais de 8.600 metros quadrados e áreas dedicadas a cada um dos seis valores principais abraçados por Ali como um mantra: dedicação, confiança, entrega, espiritualidade, respeito e convicção. A construção do centro, aliás, atendeu a um desejo antigo do próprio lutador:

- Eu sou um homem ordinário que trabalhou duro para desenvolver o talento que recebi. Muitos fãs queriam construir um museu para conhecer minhas conquistas. Eu queria mais do que um prédio para guardar minhas relíquias. Eu queria um lugar que pudesse inspirar as pessoas a serem o melhor que elas poderiam ser em qualquer coisa que elas escolhessem fazer, e também para encorajá-los a respeitar umas as outras - disse o boxeador, na época da inauguração do espaço.

Se o sonho do “maior lutador de todos os tempos” era criar um espaço que inspirasse outras pessoas em os princípios que ele acreditava, o objetivo foi cumprido com êxito, pelo menos para a maioria dos visitantes:

Não tem como vir aqui e não se emocionar, ao lembrar toda a trajetória de vida do Muhammad Ali. Cada pedacinho de sua história está carregada de simbolismo e retratada com tanto entusiasmo, que não tem como não se emocionar ao entrar aqui. Eu chorei várias vezes, lágrimas de felicidade por testemunhar esse pedaço da história. O conheci em Israel, na década de 70, e fiz questão de vir para Kentucky para homenageá-lo. Esse museu é quase um templo - afirma Ibrahim Ahmad.

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