terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Bovespa desaba e fecha no menor patamar desde 2009

Baixa levou o Ibovespa aos 37.497 pontos e fez o índice renovar a mínima desde março de 2009.
Volume financeiro do pregão somou R$ 4,79 bilhões
A Bovespa fechou com o seu principal índice no vermelho nesta terça-feira (26), na volta do feriado paulistano, pressionado por ajustes a quedas de ADRs brasileiros na véspera, principalmente o recuo das ações da Petrobras, apesar da trégua do petróleo.

Também pesou o tombo de JBS, após denúncia contra executivos da holding por crime contra o sistema financeiro.

O Ibovespa caiu 1,4%, a 37.497 pontos, renovando mínima desde 9 de março de 2009. O pregão registrou volume financeiro de R$ 4,79 bilhões.

Na segunda-feira, a bolsa paulista não funcionou por feriado na cidade de São Paulo, enquanto em Wall Street os ADRs (recibos de ações negociados nos Estados Unidos) de várias empresas nacionais caíram, entre eles os da Petrobras.

As ações chinesas despencaram mais de 6% e bateram a mínima em 14 meses diante de persistentes preocupações sobre o crescimento economia e o ritmo da atividade global.

As bolsas em Nova York, contudo, mostraram recuperação, em meio a safra de balanços e na esteira da trégua do petróleo, com as cotações da commodity tendo fortes ganhos. O S&P 500 avançava cerca de 1%.

Destaques

As ações da JBS desabaram 7,33%, após o MPF (Ministério Público Federal) em São Paulo denunciar executivos da holding J&F e do Banco Rural por crime contra o sistema financeiro nacional. A equipe do Bradesco BBI, em comentário a clientes, afirmou que a notícia é negativa, embora a empresa de alimentos JBS não esteja envolvida e o valor da operação citada de R$ 80 milhões é pequeno ante o tamanho do grupo.

Os papéis da Petrobras fecharam com as preferenciais em baixa de 4,76%, após quedas fortes de seus ADRs na segunda-feira, o que ofuscou a alta nos preços dos contratos do petróleo no exterior. A Justiça também mandou a companhia sustar a venda da sua subsidiária Gaspetro à japonesa Mitsui. Analistas do HSBC cortaram o preço-alvo da ação PN da Petrobras de R$ 8 para R$ 5 e reiteraram recomendação manter, argumentando que seguem cautelosos com a dívida da empresa.

A Vale, por sua vez, fechou o dia com as preferenciais PNA em alta de 1,34%. A empresa obteve liminar suspendendo a interdição no porto de Tubarão, enquanto analistas do UBS avaliaram que faria sentido uma eventual redução na qualidade do minério de ferro da companhia.

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