terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Dilma diz que conversou sobre zika vírus com Evo Morales

Presidente e colega boliviano se reuniram nesta terça em Brasília.
OMS decretou estado de emergência internacional nesta segunda.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, é recebido pela presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto (Foto: Filipe Matoso/G1)O presidente da Bolívia, Evo Morales, é recebido pela presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto

A presidente Dilma Rousseff disse em declaração à imprensa nesta-terça-feira (2) que conversou com o presidente da Bolívia, Evo Moralesm sobre zika vírus. Os dois tiveram uma reunião no Palácio do Planalto e depois fizeram a declaração aos jornalistas.

Nesta segunda, a Organização Mundial de Saúde (OMS) chegou a decretar estado de emergência de saúde pública internacional em razão da microcefalia. Em seu pronunciamento no Palácio do Planalto, Dilma voltou a defender que é preciso um trabalho conjunto na região para combater o vírus.

“Abordamos o vírus zika e a necessidade de trabalharmos juntos para combater o mosquito, evitar sua proliferação e desenvolver vacinas. É uma tarefa coletiva de todos os países aqui da América do Sul e da América Latina”, declarou Dilma.

Após a fala da presidente, Evo Morales disse que a Bolívia também registrou recentemente casos de pessoas com zika vírus, mas ressaltou que a incidência foi menor, se comparada ao Brasil. “Precisamos trabalhar juntos e com o Mercosul, para enfrentar conjuntamente o zika”, acrescentou.

Nesta segunda, Dilma convocou ao Palácio do Planalto representantes dos 31 ministérios, de órgãos vinculados às pastas e de autarquias federais para discutir ações contra o zika vírus. Segundo o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, a presidente pediu que todos se comprometam a erradicar os criadouros do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão do vírus.

Segundo Wagner, Dilma gravou um pronunciamento à nação que deve ser exibido ainda nesta semana para falar sobre o combate ao zika e ao mosquito, que também transmite os vírus da dengue e da febre chikungunya.

Entre as ações já anunciadas pelo governo desde que se iniciou o surto de microcefalia, estão a adoção de campanhas de conscientização da população; o pagamento de um salário mínimo a famílias que tiverem crianças diagnosticadas com a doença (desde que a renda per capita familiar seja inferior a R$ 220); e a distribuição de repelentes do Aedes às grávidas que sejam beneficiárias do Bolsa Família (cerca de 400 mil mulheres).

Declaração ao lado de Evo
Em seu pronunciamento, que durou cerca de dez minutos, Dilma disse que, na reunião com Evo, reforçou ao colega a necessidade de os dois países intensificarem e diversificarem as relações comerciais. No passado, o fluxo comercial, soma da exportações e importações, fechou em US$ 3,9 bilhões, segundo o MDIC, e, nesta terça, a presidente disse que o objetivo para os próximos anos é chegar ao patamar de US$ 5 bilhões.

Dilma também destacou a cooperação energética entre Brasil e Bolívia e afirmou que atualmente cerca de 30% do gás natural disponível no Brasil tem origem boliviana. A presidente aproveitou ainda a oportunidade para dizer que há “novas oportunidades” de desenvolvimento de cooperação na área de energia elétrica entre os dois países, em razão da criação, no ano passado, de um comitê binacional sobre energia.

“O que nós queremos é avançar em projetos de infraestrutura, que facilitem o fluxo entre os países na América do Sul e nos mercados extrarregionais”, disse a presidente, que citou a Ferrovia Transcontinental.

“Nossos governos estão unidos na prioridade que damos à eliminação da fome e à redução da pobreza e da desigualdade. Gostaria de ressaltar os imensos avanços sociais e grandes avanços econômicos pelos quais a Bolívia tem passado, graças ao governo do presidente Evo Molares”, destacou a presidente em seu pronunciamento.

Após a declaração, Dilma e Evo seguiram para o Palácio do Itamaraty, onde almoçaram juntos.

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