segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Instituto Lula nega propriedade de ex-presidente de tríplex no Guarujá

Lula
O Instituto Lula publicou nota em seu site negando que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja proprietário de um tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo, cujo prédio é alvo de investigação da Lava Jato.

O instituto publicou um comunicado, no sábado, com reprodução de documentos e confirmou que o ex-presidente e a ex-primeira-dama Marisa Letícia estiveram no local. Lula esteve no condomínio Solaris uma única vez, segundo a nota.

O imóvel é alvo de investigações do Ministério Público Federal por alegações de que unidades do prédio teriam sido usadas para lavagem de dinheiro do pagamento de propina pela construtora OAS, que fez a obra e é uma das investigadas pela operação Lava Jato.

O suposto pagamento de propina pela empreiteira OAS por meio de imóveis no condomínio faz parte das investigações da 22ª etapa da operação Lava Jato, deflagrada na última quarta-feira pela Polícia Federal com o nome "Triplo X".

"Um ano depois de concluída a obra do Edifício Solaris, o ex-presidente Lula e Marisa Letícia visitam, junto com o então presidente da empresa incorporadora OAS, Léo Pinheiro, uma unidade disponível para venda no condomínio", disse o instituto.

Segundo a nota, a família desistiu do negócio porque notícias infundadas "romperam a privacidade necessária ao uso familiar do apartamento", mesmo tendo sido realizadas reformas no imóvel, que seriam incorporadas ao valor final da compra.

Por determinação do Ministério Público de São Paulo, Lula e a esposa prestarão depoimento como investigados em inquérito que apura suspeitas de lavagem de dinheiro por meio desse apartamento tríplex no Guarujá.

O depoimento do ex-presidente e da ex-primeira-dama foi

marcado para o dia 17 de fevereiro, em São Paulo.

O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, já havia negado que o ex-presidente ou familiares deles sejam ou tenham sido em algum momento proprietários de um apartamento no condomínio Solaris.

De acordo com o defensor do ex-presidente, Lula e seus parentes tiveram uma cota do empreendimento, adquirida junto à cooperativa habitacional dos bancários, a Bancoop, mas optaram pelo resgate do valor da cota em vez de adquirir o imóvel.

A nota publicada pelo Instituto Lula disse ainda que fracassaram todas as tentativas de envolver o nome do ex-presidente no processo da Lava Jato e que restou "procurar um crime num apartamento de 215 metros quadrados, que nunca pertenceu a Lula nem a sua família".

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