Dos Anjos encara Conor McGregor em março - Diego Roman
Ainda não tão conhecido pelo grande público, Rafael dos Anjos está a uma luta de poder se tornar uma das figuras mais conhecidas do MMA nacional. Isso porquê, o campeão peso-leve (70 kg) colocará seu título em jogo contra o midiático Conor McGregor, em disputa que colocaria o irlandês, em caso de triunfo, como o primeiro atleta a ostentar dois títulos ao mesmo tempo na organização. Cenário esse que não apenas é refutado rapidamente pelo carioca, mas que também abre precedentes para voos mais altos em sua carreira.
Sempre calmo e pacto, RDA adota postura completamente diferente da do rival quando fora do octógono. No entanto, ao menos um detalhe pode se repetir e tornar os atletas um pouco mais "comparáveis" desde que, obviamente, o brasileiro vença a disputa programada para o próximo dia 5 de março, quando teria ainda mais poder de escolha dentro da organização.
"Tenho 31 anos, já lutei, antes do UFC, no 77 kg e 84 kg. Perco bastante peso. Um dia, quando enjoasse de perder peso... Vencendo essa luta, de repente, com todo o respeito ao Robbie Lawler [campeão dos meio-médios[, se o UFC também me desse uma chance, eu subiria. Teria condições de fazer história e conquistar dois cinturões no UFC", surpreendeu durante conversa com jornalistas neste sábado (23), no Rio de Janeiro.
De passagem pela cidade para promover a disputa que encabeçará o card do UFC 197, em Las Vegas, Dos Anjos deixou claro que existe uma diferença de tratamento entre Conor McGregor e os demais atletas. E isso parece não incomodá-lo, uma vez que tudo seria baseado no poder de promoção do irlandês, capaz de vender pacotes de pay-per-view como nunca antes visto entre os pesos-penas (66 kg), divisão em que se tornou campeão no final do ano passado ao bater José Aldo.
"Tem uma diferença de treinamento, até porque ele trás muito e vende. Eu sei que não vendo como ele. Ele vende muito, é europeu, irlandês... Quantos temos aqui no Brasil e quanto temos na Irlanda? Até mesmo a comunidade irlandesa nos EUA é imensa. Pode ser que depois eu tenha o mesmo
", narrou o atleta.
Demonstrando certeza de sua vitória, o brasileiro aproveitou para deixar a rivalidade de lado e elevar o espírito empresarial do irlandês, que com a ideia de subir de categoria em busca de dois cinturões simultâneos apenas se colocou em uma posição em que qualquer possibilidade lhe garantiria lucro.
"Ele é inteligente. Acho que ele tem dois grandes desafios na categoria dele: O Aldo, que acho que merece a revanche, e o Frankie Edgar. Ele decidiu subir. Se ganhar, ele é o cara. Se perder, ele é o campeão. Vai fazer mais dinheiro, é um cara esperto", finalizou.
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