sábado, 30 de janeiro de 2016

Prisão de homem armado na Disney Paris não indica terrorismo

Um homem com duas armas e um exemplar do Corão foi preso nesta quinta-feira (28) em um hotel da Disney Paris, mas os primeiros elementos da investigação parecem não apontar para uma pista terrorista. A procuradoria antiterrorista não foi acionada para tratar do caso, segundo fontes policiais.

O incidente aconteceu no hotel New York, próximo ao parque, localizado a cerca de 30km a leste da capital francesa. "O homem foi visto ao chegar ao hotel dentro da Disneylândia, onde havia feito reserva", indicou à AFP uma fonte policial. "O detector de metais soou em sua passagem", afirmou outra fonte.

"A segurança do hotel achou com ele duas armas, um Corão e cartuchos", acrescentou a primeira fonte policiais. O exemplar do Corão era em francês, segundo as mesmas fontes. Acionada, a polícia deteve o homem e o colocou sob custódia da polícia judiciária de Versalhes (oeste de Paris), que assumiu a investigação.

Suspeito andava armado por temer segurança própria

Residente em Paris, de acordo com seus documentos, ele teria dito aos investigadores que estava armado por temer por sua segurança. Uma mulher detida foi libertada após os investigadores verificarem que não se tratava da companheira do suspeito, que continua sendo procurada.


Ainda não foram fornecidos detalhes sobre o perfil do homem em questão e nem de sua companheira.

O hotel fica próximo do Disney Village, um centro comercial muito popular entre os turistas. O acesso ao hotel foi bloqueado no final da tarde por um cordão de cinco policiais, segundo um jornalista da AFP.

Pontos turísticos podem ser alvos em potencial

Os pontos turísticos mais frequentados são identificados como locais sensíveis, enquanto a França vive sob a ameaça de atentados jihadistas desde os ataques em janeiro e novembro de 2015.

O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, também considerou nesta quinta-feira que 2016 traria "tantos riscos" de terrorismo quanto 2015. Ele afirmou que a "ameaça" terrorista é "pelo menos tão grave ou mais do que em novembro", quando os ataques deixaram 130 mortos em Paris e Saint-Denis.

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