O suspeito do crime é o ex-marido, Sérgio de Souza Cerqueira. Ele chegou a confessar o assassinato, mas disse que estava arrependido e negou que tenha causado os ferimentos.
O crime aconteceu na casa de Sérgio, em Vicente de Carvalho, distrito de Guarujá, no litoral de São Paulo, no dia 14 de janeiro. A polícia relatou que o suspeito descobriu que a esposa mantinha uma relação extraconjugal enquanto eles eram casados. O ex-marido disse que a vítima confirmou que o havia traído e chamou o suspeito de "corno".
Segundo a publicação, o corpo de Fernanda foi encontrado por moradores e estava mutilado. No braço onde ela havia tatuado o nome do cônjuge, havia diversos cortes.
"Ainda é prematuro afirmar algo, pois estamos no aguardo da conclusão do exame necroscópico. O corpo ficou na mata, às margens da rodovia, por dez dias, e talvez a ação do tempo ou de animais possam ter contribuído. A Polícia Civil tem credibilidade na confissão do Sérgio, mas o exame é que vai confirmar o que realmente aconteceu", explica o delegado responsável pelo caso, Luiz Ricardo Lara, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG).
Sérgio havia negado participação no crime. Ele mudou a versão após o corpo da jovem ser encontrado. As investigações da Polícia Civil identificaram provas testemunhais e periciais, como fios de cabelo e sangue da vítima no carro do ex-marido.
Crime
Sérgio foi indiciado pelos crimes de ocultação de cadáver e homicídio triplamente qualificado, por conta do estrangulamento, da impossibilidade de defesa da vítima e pelo crime se encaixar na nova lei do feminicídio.
"Eles tinham uma união constituída, com filhos, então fica caracterizada a violência doméstica, que é uma das características do feminicídio, que também envolve a questão do gênero", diz o delegado.
O ex-marido cumpre prisão temporária de 30 dias na carceragem do 1º Distrito Policial de Guarujá.
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