quinta-feira, 3 de março de 2016

Campanha de Luis Inácio Lula da Silva foi bancada por imposto sindical, diz Tripodi.




Armando Tripodi, o ex-gerente de Responsabilidade Social da Petrobras, afirmou em depoimento concedido ao site institucional Memória Petrobras, que petroleiros da Bahia usaram o imposto sindical na campanha de Lula à Presidência em 2002.

Tripodi recordou a participação do Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia na eleição: Montamos um comitê no sindicato. Aprovamos na assembleia uma contribuição. A classe aprovou todo imposto sindical da categoria ser destinado à campanha de Lula, disse. Segundo o jornal 'Folha de S. Paulo', a legislação eleitoral proíbe que sindicatos e entidades de classe façam doações eleitorais. A prestação de contas da campanha de Lula naquele ano não registrou nenhum repasse do sindicato.

No site, Tripodi, que é conhecido como Bacalhau, afirma ainda que o imposto sindical foi um "recurso fantástico" para a campanha. Montamos uma lojinha, fizemos todo um trabalho de mandar matéria para o interior, montar carro, alugamos carro, afirmou. O ex-gerente lembrou que na campanha presidencial anterior, em 1998, conseguiu doação para a compra de um carro de som, quase um trio elétrico, que depois teria sido doado ao PT.

Ainda segundo a publicação, Tripodi é suspeito de receber propina de um operador da Petrobras por meio da reforma de um apartamento, segundo a Polícia Federal, e prestou depoimento na fase Acarajé da Lava Jato. Em nota, a Petrobras informou que Tripodi foi destituído da função de gerente no último dia 22 e que iniciou uma apuração interna sobre as suspeitas contra o funcionário. No mesmo dia, o contrato de trabalho foi rescindido a pedido de Tripodi. Perguntado pela reportagem da Folha de S. Paulo sobre o suposto uso de imposto sindical na campanha de 2002, o PT não respondeu. A reportagem não conseguiu contato com Tripodi.

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