quarta-feira, 23 de março de 2016

Confira 8 decisões de Teori Zavascki que serviram para salvar o PT e atrasar a Lava Jato


Foto: Wilson Dias/ABr
Ministro entrou no STF quando os mensaleiros tinham sido condenados por formação de quadrilha, mas ajudou a reverter o placar.
Quando os britânicos quebraram o código secreto das comunicações nazistas, se viram diante de uma difícil escolha: caso frustrassem todos os ataques alemães, logo passariam a certeza de que aquele sistema havia sido hackeado. E a solução seria simplesmente deixar que o exército inglês perdesse algumas batalhas, escolhendo apenas as mais importantes para vencer.

Entender a força do petismo junto à suprema corte exige esforço parecido. Mesmo para os de passado mais suspeitos, há decisões tomadas que desagradam o Planalto. Mas, quando o voto parece ter mais peso no futuro do petismo, é estranho como algumas figuras costumam votar em acordo com os interesses do PT.

Teori Zavascki, antes de se intrometer nas decisões da Câmara dos Deputados e barrar o rito que liberaria a oposição para exigir o impeachment de Dilma sem o apoio da presidência da casa, havia sido indicado pela presidente ao STF quando os mensaleiros encontravam-se condenados pelo crime de formação de quadrilha. Mas seu voto, junto ao de Barroso, reverteu o placar, o que permitiu aos cabeças da organização já gozarem de certa liberdade hoje em dia.

Selecionamos abaixo 8 decisões recentes que colocam em suspeita a imparcialidade deste ministro do STF. Mas não tenham dúvida: ele não seria o único. O próprio Gilmar Mendes, em voto recente, descreveu o Supremo Tribunal Federal brasileiro como bolivariano. Ou seja: como refém do poder executivo.
Quando Teori Zavascki decidiu que o ex-tesoureiro do PT poderia ficar calado em acareação na CPI da Petrobras. E assim ele ficou.
Quando Teori Zavascki decidiu que as denúncias contra a petista Gleisi Hoffman deveriam sair da alçada da Lava Jato, abrindo caminho para o “fatiamento” da investigação.
Quando Teori Zavascki tentou fazer o mesmo com o Eletrolão.
Quando Lula o procurou para não só soltar Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, mas também negar um novo pedido de prisão.
Quando Teori decidiu que Lula deveria ser ouvido na qualidade de informante, tirando do ex-presidente a obrigação de dizer somente a verdade no depoimento.
Quando barrou o rito do impeachment traçado por Eduardo Cunha tirando da oposição a liberdade de sozinha caminhar com o impedimento de Dilma.
Quando, ainda bem no início, mandou soltar todos os presos da Lava Jato, tentando acabar de vez com a operação.
Quando foi um dos votos decisivos a livrar os mensaleiros da pena por formação de quadrilha.

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