terça-feira, 1 de março de 2016

Governo tenta acabar até dezembro todos os processos em papel.

Desde 2014, 21 órgãos aderiram ao Sistema Eletrônico de Informação. Decreto de Dilma obriga órgãos a eliminarem papel até outubro de 2017. Em meio aos esforços para ajustar as contas públicas, o governo iniciou uma transição para extinguir todos os processos em papel dos órgãos federais e migrá-los para o meio eletrônico.
Em 7 de outubro do ano passado, a presidente Dilma Rousseff publicou um decreto no "Diário Oficial da União" determinando que todos os órgãos federais devem migrar dos processos em papel para os processos eletrônicos até 7 de outubro de 2017.
A intenção é economizar em contratos de aquisição de papel, impressão, serviços de postagem, contratação de mensageiros, além de diminuir a burocracia e o tempo de tramitação de um processo nos órgãos federais.
A mudança, porém, teve início em 2014 com a implantação do Sistema Eletrônico de Informações (SEI), um programa desenvolvido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região e adotado como padrão pelo governo. Desde então, segundo o secretário-adjunto de Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Fernando Siqueira, 21 órgãos, entre ministérios e outras autarquias, já implantaram o sistema e extinguiram os processos em papel 

O decreto da presidente Dilma define que os órgãos têm de sair dos papeis em dois anos. Com o ritmo de trabalho e o sucesso alcançado, estamos trabalhando para que tenhamos algo muito próximo da universalização até dezembro deste ano, disse Siqueira
Segundo ele, dos 224 órgãos federais, 128 já estão envolvidos de alguma maneira com o projeto, seja em fase de análise de viabilidade ou em fase de implantação do sistema. Inicialmente, o governo prevê uma economia anual de R$ 1 bilhão com a implantação do sistema. Em 2012, levantamento indicou que, em somente cinco instituições federais (Palácio do Planalto, Senado, Câmara dos Deputados, Procuradoria-Geral da República e Supremo Tribunal Federal), gastava-se pelo menos R$ 1,2 bilhão por ano em papel.

É um tema antigo e muito importante, porque eliminar papel é algo que há muito deveria estar acontecendo. Não só pela economia, mas pela consciência ambiental, explicou Siqueira.
Como é algo recente, e muitos órgãos ainda estão em processo de transição, ainda não temos um dado preciso de quanto o governo economizo ou uma estimativa precisa de quanto o governo irá economizar, complementou o secretário-adjunto.
Um dos primeiros órgãos federais a implantar o sistema, o Ministério da Justiça estima que tenha economizado R$ 2 milhões em 2015.
A aferição leva em conta somente contratos para compra de papel, além dos contratos para impressão e postagem dos processos.
A Controladoria-Geral da União (CGU), que também implantou o sistema, informou que economizou, em média, R$ 50 mil com aquisição de papel entre 2014 e 2015.
De acordo com o órgão, ainda está em curso um processo de transição por meio magnético dos processos anteriores a 2014 e que, por isso, ainda não é possível estimar a economia total que o SEI trará.

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