quarta-feira, 30 de março de 2016

Operação Lava Jato é 'antibiótico que trata foco de infecção', diz Dallagnol

Coordenador da força-tarefa da Lava Jato, o procurador da República Deltan Dallagnol afirmou ao Blog nesta quarta-feira (30) que a investigação do esquema de corrupção na Petrobras é um "antibiótico que trata foco de infecção".

Engajado na campanha nacional para endurecer as leis de combate à corrupção, Dallagnol ressalta que sua equipe tem o desejo de que a Lava Jato "traga uma transformação perene” ao país. Na opinião do procurador da República, este seria o legado ideal da operação que investiga o esquema na estatal do petróleo.

"Desejamos que a Lava Jato traga uma transformação perene. Contudo, ela é como um antibiótico que trata um foco de infecção”, enfatizou.

Dallagnol voltou a incentivar a campanha das 10 medidas contra a corrupção que visa reprimir e punir de forma mais efetiva este crime no Brasil. "Se queremos uma vacina que nos proteja de novos e sucessivos casos de corrupção que se repetem, precisamos dessas 10 medidas”, ponderou o coordenador da Lava Jato.

Nesta terça (29), foram apresentadas mais de 2 milhões de assinaturas de cidadãos ao Congresso Nacional em apoio às medidas. A ideia é, por exemplo, tornar crime o enriquecimento ilícito por parte de agentes públicos e aumentar as penas para crimes de corrupção, que se tornaria hediondo.

Iniciada ano passado pela força-tarefa em Curitiba, a campanha pelas 10 medidas ganhou coro e corpo pelo país afora. Ela também pede mecanismos para dar mais transparência para o Judiciário e ao próprio Ministério Público, além de celeridade à Justiça. Leia documento completo aqui.

Dallagnol afirmou ver um "país melhor e com a sociedade civil mais forte” no caso de aprovação das 10 medidas pelo Congresso. "Vejo a corrupção e a impunidade depostas do trono em que reinam tranquilas, substituídas pela Justiça", disse o procurador.

"Vejo a sociedade com a consciência de que ela é e deve ser parte não só dos problemas, mas também das soluções em nossa democracia”, complementou Dallagnol, elogiando o engajamento de parte da população na campanha.

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