segunda-feira, 18 de abril de 2016

Dólar sobe quase 2% após votação do impeachment, com ação do BC

Na sexta, a moeda fechou em alta de 1,38%, vendida a R$ 3,524. 
No ano, há queda acumulada de 10,74%. O dólar sobe forte nesta segunda-feira (18), após a Câmara dos Deputados aprovar a autorização para ter prosseguimento no Senado o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O motivo da forte alta, segundo a Reuters, é que Banco Central entrou com força no mercado cambial e fez o dólar anular a queda vista no início dos negócios desta segunda, chegando a subir cerca de 2% e encostar em R$ 3,60. Às 12h37, a moeda norte-americana operava em alta de 1,98%, vendida a R$ 3,5938. Veja a cotação do dólar hoje.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h10, queda de 0,31%, a R$ 3,5128.
Às 9h20, alta de 0,06%, a R$ 3,5263.
Às 9h30, alta de 0,3%, a R$ 3,5348.
Às 9h40, alta de 0,53%, a R$ 3,5428.
Às 10h, alta de 1,48%, a R$ 3,5762.
Às 10h10, alta de 2,05%, a R$ 3,5965.
Às 10h30, alta de 1,88%, a R$ 3,5903.
Às 10h49, alta de 1,5%, a R$ 3,577.
Às 11h, alta de 1,74%, a R$ 3,5856.
Às 11h20, alta de 1,47%, a R$ 3,5758.
Às 11h30, alta de 1,12%, a R$ 3,5638.
Às 11h40, alta de 1,01%, a R$ 3,5598.
Às 12h09, alta de 1,77%, a R$ 3,5866.

Segundo operadores disseram à Reuters, o movimento também vinha com realização de lucros, após as quedas nas últimas semanas sob a expectativa da votação do afastamento.

"O BC está usando a oportunidade para acelerar bastante a redução do seu passivo", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado à Reuters.

O BC anunciou que vendeu nesta manhã 68.840 swaps reversos da oferta de até 80 mil contratos, equivalentes à compra futura de dólares. O órgão vem atuando pesadamente por esses instrumentos nas últimas semanas, reduzindo o estoque de swaps tradicionais, que equivalem à venda futura de dólares. Entenda como funciona a intervenção do BC.

Na noite passada, a Câmara dos Deputados aprovou por 367 votos a continuidade do processo de impeachment, superando com alguma margem os 342 necessários. Agora, a matéria precisa ser aprovada no Senado, que deverá assegurar que o vi-presidente Michel Temer assuma o comando do país pelo menos interinamente.

A perspectiva de que uma troca de governo poderia trazer de volta a confiança na economia brasileira já havia derrubado o dólar nos últimos meses, acumulando baixa de 10,74% neste ano até sexta-feira.

"Agora que o fato se concretizou, muita gente aproveita para zerar essas vendas das últimas semanas", disse o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho.

Profissionais do mercado financeiro já haviam afirmado à Reuters que a euforia inicial após a decisão da Câmara poderia ceder o lugar para cautela em pouco tempo, conforme o foco passa aos nomes que formariam a equipe econômica de eventual governo Temer.

Última sessão
Na sexta, o dólar fechou em alta de 1,38%, vendida a R$ 3,524, diante da forte atuação do Banco Central no mercado de câmbio. Na semana, o dólar caiu 2,02%. No ano, há queda acumulada de 10,74%.

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