Três alunos que participaram das ocupações das escolas estaduais de São Paulo em novembro e dezembro de 2015 vão à Comissão Interamericana de Direitos Humanos em Washington, nos Estados Unidos, no dia 7 de abril denunciar suposta violência policial durante os protestos contra a reorganização escolar. A Secretaria da Segurança Pública nega qualquer tipo de abuso.
Depois de terem o pedido de audiência aceito pela Organização dos Estados Americanos (OEA), os estudantes fizeram uma campanha para arrecadar fundos para passagem aérea, alimentação e hospedagem. Em 11 dias de campanha, encerrada na segunda-feira (28), os estudantes ultrapassaram a meta de R$ 20.800 e alcançaram R$ 23.852. Além dos estudantes, a mãe de um deles, uma advogada e um representante da ONG Artigo 19 vão participar da audiência. A denúncia é apresentada, mas não há responsabilização ou sanção neste primeiro momento.
Na sessão, a comissão vai expor as supostas violações: “ameaças e intimidação verbal e física da polícia dentro das escolas; agressões físicas e psicológicas, que deixaram sequelas a crianças e adolescentes; prisões arbitrárias e abuso de poder contra secundaristas que se manifestavam; encaminhamento de adolescentes à delegacia sem respeitar o ECA; perseguição na rua e em mediações da escola e na casa dos estudantes; uso de armas letais para intimidar nas escolas e nos protestos; uso de bombas de gás, balas de borracha, spray de pimenta e cassetete de forma violenta e sem necessidade; omissão de socorro a estudantes atingidos pelo gás lacrimogêneo; relatos de abusos sexuais e morais pelos agentes policiais em protestos; - vigilância e constrangimento por meio de câmeras da polícia nas escolas e protestos; impedimento de registro dos abusos policiais e quebra de celulares”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente aqui