sexta-feira, 1 de abril de 2016

Estudantes vão aos EUA denunciar suposto abuso da PM em ocupações

Estudantes são detidos pela Polícia Militar durante protesto na rua 25 de março (Foto: Nelson Antoine/Frame Photo/Estadão Conteúdo)Estudantes são detidos pela Polícia Militar durante protesto na rua 25 de março em dezembro de 2015


Três alunos que participaram das ocupações das escolas estaduais de São Paulo em novembro e dezembro de 2015 vão à Comissão Interamericana de Direitos Humanos em Washington, nos Estados Unidos, no dia 7 de abril denunciar suposta violência policial durante os protestos contra a reorganização escolar. A Secretaria da Segurança Pública nega qualquer tipo de abuso.

Depois de terem o pedido de audiência aceito pela Organização dos Estados Americanos (OEA), os estudantes fizeram uma campanha para arrecadar fundos para passagem aérea, alimentação e hospedagem. Em 11 dias de campanha, encerrada na segunda-feira (28), os estudantes ultrapassaram a meta de R$ 20.800 e alcançaram R$ 23.852.  Além dos estudantes, a mãe de um deles, uma advogada e um representante da ONG Artigo 19 vão participar da audiência. A denúncia é apresentada, mas não há responsabilização ou sanção neste primeiro momento.

Na sessão, a comissão vai expor as supostas violações: “ameaças e intimidação verbal e física da polícia dentro das escolas; agressões físicas e psicológicas, que deixaram sequelas a crianças e adolescentes; prisões arbitrárias e abuso de poder contra secundaristas que se manifestavam; encaminhamento de adolescentes à delegacia sem respeitar o ECA; perseguição na rua e em mediações da escola e na casa dos estudantes; uso de armas letais para intimidar nas escolas e nos protestos; uso de bombas de gás, balas de borracha, spray de pimenta e cassetete de forma violenta e sem necessidade; omissão de socorro a estudantes atingidos pelo gás lacrimogêneo; relatos de abusos sexuais e morais pelos agentes policiais em protestos; - vigilância e constrangimento por meio de câmeras da polícia nas escolas e protestos; impedimento de registro dos abusos policiais e quebra de celulares”.

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