quarta-feira, 11 de maio de 2016

Lula pretende acompanhar Dilma na saída do Planalto

Ex-presidente Lula pretende acompanhar a presidente Dilma Rousseff quando ela for notificada pelo Senado da provável abertura do processo de impeachment - Ailton de Freitas 17-03-2016 / Agência O Globo
Presidente passa o dia no Palácio da Alvorada e faz reunião com ministros.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende estar ao lado da presidente Dilma Rousseff quando ela deixar o Palácio do Planalto, nesta quinta-feira, ao ser notificada pelo Senado da provável abertura do processo de impeachment. Nesta quarta, dia em que o Senado vota se afastará a presidente, Dilma deve permanecer no Palácio da Alvorada. Todos os ministros foram chamados a uma reunião no Planalto com Jaques Wagner (Gabinete Pessoal), que durou cerca de duas horas. A liturgia final da saída de Dilma do Planalto foi discutida em jantar, nesta terça-feira, no Palácio da Alvorada, que reuniu Dilma, Lula, os ministros Jaques Wagner (Chefia de Gabinete), Ricardo Berzoini (Governo), José Eduardo Cardozo (Justiça), o assessor especial Giles Azevedo e o presidente do PT, Rui Falcão.

Dilma pretende confraternizar com movimentos sociais que estarão presentes no Planalto e fazer um breve discurso reforçando que seria vítima de um golpe. Ela ainda avalia se concederá uma entrevista coletiva.

Aconselhada por Lula, a presidente desistiu de descer a rampa do Planalto, acompanhada de movimentos sociais. A preocupação era com a imagem de que o governo acabou, contrariando a estratégia de manter a militância mobilizada. A própria presidente tem dito que vai resistir até o fim.

Aprovada a abertura do processo de impeachment, movimentos sociais pretendem protestar, nesta quinta-feira, na porta das sedes do PMDB em todo o país.

Nesta quarta, quando o Senado vota se afastará a presidente, Dilma viria ao Planalto para "despachos internos" às 10h. Posteriormente, o compromisso tornou-se uma reunião com Giles Azevedo e ministros, mas o encontro passou para o Alvorada, residência oficial da presidente.

No Planalto, quase todos os ministros estiveram com Jaques Wagner, por cerca de duas horas, para fazer um "balanço" de gestões. A exceção é o chefe da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, responsável pela defesa da presidente no impeachment. Um interino representa o ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, já que na última sexta-feira o ministro Armando Monteiro (PTB-PE) deixou o cargo para votar "não" ao impeachment no Senado.

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