quarta-feira, 25 de maio de 2016

Presos na 30ª fase da Operação Lava Jato fazem exame no IML em Curitiba

No meio, na parte inferior: Eduardo Aparecido de Meira. No meio, na parte superior: Flávio Henrique de Oliveira Macedo  (Foto: Giuliano Gomes/ PRPRESS)Na parte inferior: Eduardo Aparecido de Meira. Na parte superior: Flávio Henrique de Oliveira Macedo
Flávio Henrique Macedo e Eduardo Aparecido de Meira na terça-
feira (25). 
Dupla é investigada por participar de esquema de corrupção na Petrobras. Flávio Henrique de Oliveira Macedo e Eduardo Aparecido de Meira, que foram presos na 30ª fase da Operação lava Jato, deflagrada nesta quarta-feira (25), fizeram o exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML), na manhã desta quarta-feira (25), em Curitiba. Os dois são sócios da Credencial, construtora de Sumaré (SP) apontada pelo Ministério Público Federal ( MPF) como empresa de fachada, que servia como intermediária para repasses de propina aos beneficiários do esquema de corrupção.

O exame, que é padrão após a prisão, começou por volta das10h30 e durou cerca de 10minutos.Depois, os presos retornaram para a carceragem da PF. Eles foram detidos em caráter preventivo, ou seja, por tempo indeterminado. A atual fase foi batizada de "Vicio" e remete à sistemática de alguns servidores que aparentam não atuar de outra forma senão através de atos lesivos aos cofres públicos.

As investigações miram as empresas fornecedoras de tubos Apolo Tubulars, que tem sede em Lorena (SP), e Confab. As duas são suspeitas de procurar diretores da Petrobras para oferecer pagamento de vantagens indevidas em troca de serem contratadas pela estatal.

Os contratos celebrados pelas duas empresas somam mais de R$ 5 bilhões, o que resultou em pagamentos de propinas que passam de R$ 40 milhões.

Entre os beneficiários do esquema, ainda de acordo o MPF, está o ex-ministro José Dirceu, que teria recebido R$ 1,7 milhão em propina. Também foi verificado um repasse de R$ 1,2 milhão de um escritório de advocacia para ele, mas o MPF ainda não sabe se é irregular. No caso da Apolo, os investigadores afirmam que a empresa procurou o operador Júlio Camargo, que é delator do esquema de corrupção, e solicitou auxílio para ser contratada pela Petrobras. Camargo, por sua vez, procurou o então diretor de Serviços Renato Duque, que fez com que o negócio se realizasse.

Sobre a Confab, os valores de propina chegaram a US$ 9,4 milhões e foram recebidos integralmente por Duque, afirmou o MPF. O dinheiro foi repassado por meio de offshores no exterior, conforme revelado pela delação premiada de João Antônio Bernardi Filho.

Além de Meira e Macedo, que já tinham mandado de prisão expedidos pelo juiz Sérgio Moro, a Polícia Federal (PF) prendeu ainda uma terceira pessoa na 30ª fase que, incialmente, deveria ser apenas conduzida para prestar depoimento. Ele foi preso em flagrante por porte ilegal de arma, mas não teve o nome revelado pelos policiais.

Defesas 
A defesa da construtora Credencial e dos sócios Flávio Henrique de Oliveira e Eduardo Aparecido de Meira disse ao Jornal Hoje que todos estão colaborando com as investigações. O assessor jurídico da Apolo Tubulars também informou que a empresa está colaborando com os investigadores.

A Confab informou que "não tem evidências de que seus funcionários tenham efetuado pagamentos ilegais para a obtenção de negócios com a Petrobras e que está colaborando com a investigação das autoridades".

A defesa de José Dirceu, representada pelo advogado Roberto Podval, também foi procurada pela reportagem, mas não quis comentar o assunto.

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