segunda-feira, 27 de junho de 2016

Ex-tesoureiro do PT e pecuarista Bumlai participam de acareação

Montagem Delúbio Soares e José Carlos Bumlai (Foto: André Dusek/Estadão Conteúdo e Giuliano Gomes/PR Press)


Acareação ocorre nesta segunda-feira (27), em Curitiba e em São Paulo. 
Ambos são réus em processos no âmbito da Operação Lava Jato. 

O ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Delúbio Soares e o pecuarista José Carlos Bumlai vão participar de uma acareação nesta segunda-feira (27), em virtude de um processo da Operação Lava Jato. Bumlai participará por videoconferência por São Paulo e Delúbio em Curitiba, na Justiça Federal.

Antes da acareação, por volta das 14h, Bumlai será ouvido pelo juiz Sérgio Moro como testemunha de acusação em um processo que tem Delúbio como um dos réus.

A acareação foi um pedido da defesa de Delúbio Soares. Ele nega a narrativa de Bumlai de que o ex-tesoureiro tenha participado de reunião em que foi negociado empréstimo de R$ 12 milhões do Banco Schahin para Bumlai. Segundo o pecuarista, o destinatário final era o PT.

Delúbio é acusado de lavagem de dinheiroem processo que envolve mais oito pessoas.

A acusação sustenta que ele intermediou o empréstimo que Bumlai diz ter recebido do Banco Schahin e repassado ao PT.

Dos R$ 12 milhões, segundo o MPF, o empresário Ronan Maria Pinto recebeu R$ 6 milhões – ele também é réu no processo.

De acordo com o MPF, o empréstimo foi pago por meio da contratação do Grupo Schahin como operador do navio-sonda Vitória 10.000, pela Petrobras, em 2009, ao custo de US$ 1,6 bilhão.

Ainda conforme as investigações, em depoimento ao Ministério Público Federal, Marcos Valério, operador do mensalão, afirmou que parte do empréstimo obtido por Bumlai era destinado Ronan Maria Pinto, que extorquia dirigentes do PT. O MPF afirma não ter provas, até o momento, que expliquem os motivos da extorsão.

O dinheiro, segundo a acusação, tinha como fim a compra de ações do jornal "Diário do Grande ABC". O MPF diz que o objetivo de comprar ações era, segundo Marcos Valério, porque o jornal estava ligando Ronan Maria Pinto a denúncias da morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel.

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