quinta-feira, 9 de junho de 2016

Familiares lamentam mortes em acidente na Rodovia Mogi-Bertioga

Francisco foi liberar o corpo do irmão Damião (Foto: João Paulo de Castro/G1)Francisco foi liberar o corpo do irmão Damião

Janaína era paranaense e estudava farmácia em Mogi (Foto: Arquivo Pessoal)Janaína era paranaense e estudava farmácia em Mogi


Parentes fazem peregrinação em hospitais em busca de informações.
Lista com nome de mortos e feridos ainda não foi divulgada.

Os familiares dos mortos no acidente em que um ônibus com estudantes capotou na Rodovia Mogi-Bertioga na noite desta quarta-feira (8) fazem peregrinação em hospitais em busca de informação e lamentam suas perdas quando as vítimas são confirmadas. A lista com o nome dos 18 mortos ainda não foi divulgada.

Gabriela Silva Oliveira dos Santos
O pai de uma das vítimas do acidente disse, ao sair do IML, que a filha está irreconhecível e criticou o motorista do veículo, que também morreu.

“Está feio demais, não dá para reconhecer ninguém. Eu não sei como ele [motorista] fez uma coisa daquela, parece que estava carregando cavalo”, reclamou o ambulante Marcos Oliveira dos Santos, pai da estudante Gabriela Silva Oliveira dos Santos, de 22 anos.

O comerciante culpou a imprudência do motorista como causa da morte dos estudantes. “Ouvi falar que motorista estava cortando todos os ônibus. Como ele anda daquele jeito?”, questiona o pai.

Janaína Oliveira
O estudante de engenharia Fabio Gomes Costa namorava uma das vítimas do acidente. Ele e a paranaense Janaína Oliveira, que estudava farmácia na Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) se conheceram no fretado e estavam juntos há um ano e seis meses.

Fabio não foi à aula na última quarta-feira, mas conversou por telefone com Janaína pouco antes dela entrar no ônibus. “Ela saiu contente da prova e me ligou na hora que chegou no ônibus para falar que foi bem e combinar o que faríamos no domingo, que é dia dos namorados”, contou. Janaína faria 21 anos no próximo dia 28.

Um dia antes do acidente, porém, Fabio disse que utilizou o fretado em que o mesmo motorista estava. “Ele era muito estressado e falava que o horário limite para sair era 22h05 e, na verdade é 22h10 e corria muito. Geralmente chego em casa meia noite, com ele anteontem cheguei às 23h35”, revelou.

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