Ao fechar o acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República, o ex-senador e ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado se comprometeu a devolver em torno de R$ 90 milhões aos cofres públicos, apurou o Blog.
Novo delator da Lava Jato, Machado gravou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP). O ex-dirigente da Transpetro deu detalhes, na delação, sobre suposto esquema de corrupção na subsidiária da Petrobras destinado, segundo ele, aoenriquecimento ilícito dos caciques peemedebistas.
A delação de Sérgio Machado embasou o pedido de prisão de Renan, Jucá e Sarney apresentado pela PGR ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ao pedir a prisão dos caciques peemedebistas, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que eles estariam tentando obstruir as investigações da Operação Lava Jato.
Os três políticos da cúpula do PMDB negam as acusações feitas por Machado e criticam os pedidos de prisões. Renan classificou a ação de "desarrazoada, desproporcional e abusiva”. Sarney afirmou que estava "perplexo, indignado e revoltado" com o pedido de prisão domiciliar com monitoramento de tornozeleira eletrônica solicitado contra ele por Janot. Já Jucá disse que o pedido era “absurdo” e reclamou do que chamou de “vazamentos seletivos”.
Nesta sexta-feira (10), Janot negou ser o responsável pelo vazamento dos pedidos de prisão e classificou de “ideia estapafúrdia” a suposição ventilada em Brasília nos últimos dias de que a divulgação poderia pressionar o STF a decidir sobre as detenções.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente aqui