segunda-feira, 4 de julho de 2016

Policiais ocupam saguão de aeroporto no Rio com faixas e bonecos fardados

Os agentes ajoelhados, em posição de rendição

Um grupo de policiais civis faz um protesto, na manhã desta segunda-feira, no terminal 2 do Aeroporto Internacional Tom Jobim - área de desembarque -, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. Vestidos de preto, eles fazem um “buzinaço” e carregam faixas. Uma delas diz, em inglês, “Bem-vindo ao inferno”. Outra diz: “Não se preocupe, no Rio apenas 54 policiais foram assassinados neste ano olímpico”. Há bonecos manchados de tinta vermelha, imitando sangue, usando fardas da Polícia Militar. A cena atrai a atenção de quem circula pelo local. Em determinado momento, os agentes se ajoelharam e colocaram as mãos na cabeça, em posição de rendição. O protesto dos policiais é contra atrasos no salários e por melhores condições de trabalho. De acordo com Fábio Neira, de 53 anos, presidente da Coligação dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (ColPol), o objetivo da manifestação é, mais uma vez, protestar contra o estado crítico em que se encontra a polícia civil, além de outras categorias, devido à crise econômica do Estado:

— Foi um movimento pacífico, para mais uma vez tentar conversar com a sociedade sobre a situação de penúria em que está a polícia civil e a segurança pública como um todo. Os nossos pleitos são: a integralidade dos salários, o retorno do pagamento até o segundo dia útil e integral, que voltem as condições normais das delegacias: papel, toner, combustível, e a volta dos terceirizados, que são os nossos parceiros — relatou Neira.

A manifestação começou às 6h30m, com um caminhada a partir da Praia de São Bento, na Ilha do Governador, que seguiu para o aeroporto. Segundo a organização, o protesto reuniu de 200 a 300 servidores, não apenas policiais civis, uma vez que categorias como bombeiros, policiais militares e funcionários do Degase participaram do ato.

Na próxima quarta-feira, às 14h, a ColPol fará uma assembleia geral extraordinária na Cidade da Polícia, para deliberar sobre as próximas ações.

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