Dupla foi presa suspeita de assassinar e queimar corpo de funcionário público. Corpo só foi achado na GO-164 depois que autores indicaram local.
A mulher e o afilhado presos suspeitos de matar e queimar o corpo do funcionário público Genessi Felipe de Oliveira, de 58 anos, em Jataí, no sudoeste de Goiás, tentaram combinar o depoimento que dariam à polícia. Em um áudio que a Polícia Civil teve acesso, Jussara Vieira Costa, de 53, esposa da vítima, dá orientações a Álvaro Duarte da Silva, de 28, sobre o que dizer sobre a morte.
“Você vai usar a inteligência. É isso que estou querendo conversar com você, para não ficar com medo. A minha palavra e a sua vão ter que bater. Só isso”, disse Jussara.
No áudio, a mulher disse ainda não acreditar que eles seriam detidos. “Porque se aparecer qualquer novidade, vamos esperar. Se o corpo não aparecer, nós não vamos ser presos”, afirmou.
O crime ocorreu na madrugada da última segunda-feira (4), na casa em que Jussara morava com Genessi. A vítima foi dada como desaparecida, e o corpo só foi localizado após a prisão dos suspeitos, na quinta-feira (7).
O corpo do funcionário público estava carbonizado, dentro de um carro abandonado na GO-164, próximo a um canavial, em Santa Helena de Goiás, também no sudeste do estado.
Segundo a polícia, a mulher confessou o crime e alegou que ele foi motivado por brigas e desentendimentos. Ela disse em depoimento que pagou R$ 2 mil para que o afilhado a ajudasse a matar o marido.
De acordo com a polícia, após o assassinato, eles atearam fogo ao veículo para simular um suicídio. As investigações apuram se outras pessoas participaram do crime.
Genessi Oliveira, de 58 anos, foi morto e teve corpo queimado.
Causa da morte
O delegado responsável pelo caso, Agnaldo Coelho Alves, diz que ainda não é possível afirmar como a vítima foi morta, já que não foi concluída a perícia e os suspeitos contam versões diferentes.
“A companheira alega que o rapaz contratado teria usado uma faca ou um martelo. Já o rapaz alega que a mulher teria matado [a vítima] envenenado ou por algum tipo de asfixia”, disse o delegado.
Segundo o investigador, as constantes discussões do casal motivaram o homicídio.
“A esposa dele alega que foram problemas de relacionamento, problemas conjugais [que motivaram o crime]. Eles estavam juntos há mais de dez anos e sempre passaram por problemas, brigas e que por isso ela chegou ao limite e resolveu então ceifar a vida dele”, disse.
O filho da Genessi, o repositor Luiz Felipe de Oliveira, contou que sabia das brigas do pai com a madrasta, mas não imaginava que os atritos pudessem levar à morte dele. “Ela estava há 18, 19 anos com o meu pai praticamente, depois vai e faz uma coisa dessas”, lamentou.
Na delegacia, um irmão da vítima tentou agredir Jussara, enquanto outras pessoas presentes chamavam a mulher e o afilhado de “assassinos”.
Segundo a polícia, os suspeitos estão detidos na Unidade Prisional de Jataí e devem responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Suspeitos queimaram carro com o corpo da vítima dentro, em Goiás
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