quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

França autoriza "sedação assistida" de pacientes terminais

(Arquivo) Enfermeiros cuidam de um paciente terminal, em Oberhausbergen, no dia 18 de dezembro de 2014(Arquivo) Enfermeiros cuidam de um paciente terminal, em Oberhausbergen, no dia 18 de dezembro de 2014.

O Parlamento francês autorizou nesta terça-feira o adormecimento de doentes terminais, o primeiro passo para uma maior consideração dos desejos dos pacientes terminais, evitando reabrir o debate sobre a eutanásia.

Em um clima extraordinariamente consensual, os senadores, assim como os deputados antes deles, votaram quase por unanimidade um projeto de lei que autoriza o uso de "sedação profunda e contínua" até a morte para alguns doentes terminais que o solicitem.

Esta votação sela, após um ano de difícil jornada, a aprovação definitiva desse texto para marcar "um passo histórico", disse a ministra da Saúde, Marisol Touraine.

Fruto do trabalho de dois deputados, o texto tinha sido aprovado por uma esmagadora maioria da Assembleia Nacional em março de 2015, antes de ser enviado para o Senado três meses depois.

Depois de idas e vindas entre as duas câmaras, um acordo sobre uma versão comum foi finalmente encontrado 19 de janeiro.

A nova lei é uma promessa de campanha do presidente socialista François Hollande.

Antes de entrar no Eliseu, em 2012, o chefe de Estado prometeu uma "assistência médica para morrer com dignidade". Ele defendeu a necessidade de um "consenso" para melhorar a legislação em vigor desde 2005.

De acordo com uma pesquisa feita ano passado, a possibilidade de sedação até a morte quando o paciente decide é plebiscitada por 96% dos franceses.

A eutanásia só é oficialmente legal na Europa em três países (Holanda, Bélgica, Luxemburgo), mas outros autorizam ou toleram uma forma de ajuda à morte, especialmente a Suíça, que legalizou o suicídio assistido.

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