terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Musa do carnaval do Rio, Juju Salimeni diz: ‘Episódio do joelho me assustou’

Estreando na Tijuca, ela conta que é louca por fast food, que a fantasia será pelada e que aprendeu a lidar com críticas sobre seu corpo.

Juju Salimeni: sem medo de exibir o corpão

Juju Salimeni era só uma garotinha e já sonhava com o carnaval carioca. Desfilou por cinco anos como musa da Mancha Verde, em São Paulo, e, no final do ano passado foi sondada para ser musa da Unidos da Tijuca, no Rio de Janeiro. Não pensou duas vezes e agarrou a oportunidade com unhas e dentes. Tanto é que, há um mês, mudou-se para a Cidade Maravilhosa para acompanhar de perto os últimos preparativos do carnaval, ir a todos os ensaios e se familiarizar na nova casa.

“Esse carnaval é tudo novo para mim. Sei que vão rolar algumas coisas que não vão agradar, que vão ter alguns erros, mas não por mal. Só por ser novidade mesmo. Tenho muita dedicação e vontade de aprender, inclusive com as musas que já estão lá”, diz.
A antiga escola ficou para trás. Segundo ela, não conseguiria conciliar duas escolas de samba com sua agenda de trabalho. Mas sem rancor ou corrida por postos de rainha de bateria.

Não vim para o Rio de Janeiro porque não fui rainha em São Paulo. Eu podia ter apenas mudado de escola, e ter ficado por lá, como inclusive tive convite. Mas queria conhecer o carnaval do Rio”, reforça ela, que também já está preparada para lidar com elogios e críticas – como a que enfrentou recentemente por causa de uma foto de seu joelho -, na nova vitrine carnavalesca.

“Fico chateada porque sou muito dedicada aos treinos e à Dieta. Não quero vender uma coisa que não sou. Esse episódio me assustou. E não entendi: ‘Por que eu faria um Photoshop no joelho para ficar sem joelho?’ (risos)”, diz ela em um papo descontraído em que ela não teve medo nenhum de responder a qualquer pergunta ou de mostrar o corpão sarado. O mesmo que ela vai exibir na Sapucaí.
Juju Salimeni: linda, leve e sem medo de críticas 

Como pintou o convite para ser musa no Rio de Janeiro?
Alguns amigos do Rio me disseram que a Tijuca estava procurando mais uma musa, e se eu topava. Disse que sim, e topei porque amo carnaval, mas meu carnaval era só em São Paulo porque minha rotina é uma loucura. Nunca nem consegui vir ao Rio para assistir. Queria tentar conciliar os dois, mas seria muita loucura para uma primeira vez. Resolvi investir aqui no Rio, me retirar da Mancha.

Mas porque deixar uma escola em que você já estava há cinco anos para se arriscar em uma nova?
O carnaval do Rio sempre foi um sonho, mas nunca tinha tido um convite que me chamasse atenção, que me fizesse querer mudar. Quando surgiu o convite, não tive medo.

Foi só por isso ou faltou um posto de rainha de bateria?
Não vim para o Rio de Janeiro porque não fui rainha em São Paulo. Minha vontade era de um carnaval maior, o carnaval do Rio. Eu podia ter apenas mudado de escola, e ter ficado por lá, como inclusive tive convite. Mas queria conhecer o carnaval do Rio. Todo mundo em dizia que era uma coisa maior, que eu tinha conhecer, que era um sonho. Não foi uma troca de escolas por algum problema.
Juju Salimeni: ela sofre preconceito por ser sarada 

E está preparada para críticas nessa vitrine maior?
Sei que estou fazendo o melhor, e não absorvo as críticas ruins. Acabo vendo, mas não me estresso. Só me concentro no que as pessoas que gostam de mim me falam, na crítica construtiva que me fazem. Quero conquistar as pessoas pelo meu jeito. Quero que me conheçam, sei que sou uma novidade. Não tenho frescura, fico com a galera, junto com todo mundo. Sou povão.

Como foi seu encontro coma rainha da Tijuca, a Juliana Alves?
A rainha foi muito querida comigo, me recebeu superbem. Todas as meninas da escola ficaram felizes em me ver, umas gostam de malhação, de treino, a gente já trocou uma ideia sobre isso. Todas foram muito simpáticas comigo e querem ajudar. E estou pronta pra isso: para conhecer e aprender.

Como lida com o preconceito por ser sarada?
Acho que já foi pior. Quando o fitness não estava tão na moda. Acho que algumas pessoas, como a Gracyanne Barbosa, conseguiram melhorar isso. As pessoas por ignorância, por não conhecer, criticavam muito mais. Se o episódio do meu joelho tivesse acontecido há alguns anos atrás, teria um monte de gente criticando e dizendo que era Photoshop. Mas agora, o cara falou e eu rebati. E ficou todo mundo do meu lado. Foram quase 5 mil comentários e todo mundo falando que me apoiava, que acreditava em mim. Antes, não teria o apoio.
Crítica já causaram Síndrome do Pânico 

Mas não é um saco ter que dar satisfação sobre o que você faz com o seu corpo?
Não é que seja um saco. Fico chateada porque sou muito dedicada aos treinos e à dieta. Não quero vender uma coisa que não sou. Sou realmente do jeito que as pessoas me veem. Esse episódio me assustou. E não entendi: ‘Por que eu faria um photoshop no joelho para ficar sem joelho? (risos). Por que iria querer ficar sem joelho na foto? Fiquei nervosa porque na internet tudo aumenta. Tudo o que a gente faz tem que dar satisfação por ser uma pessoa pública. Todas as nossas mudanças são faladas, criticadas. Mas procuro não absorver.

Mas nem sempre foi assim, né? Você já desenvolveu Síndrome do Pânico por causa de críticas, não?
Demorou muito a aprender a não ligar para as críticas. E foi com a escola da vida. Tive problemas muito difíceis no começo da minha carreira por ouvir coisas que falavam. Cheguei a ficar doente, tive Síndrome do Pânico por causa dessas coisas que a gente não consegue controlar. O aumento do acesso à internet, todo mundo quer dar opinião. Tem gente que quer criticar só para chamar atenção. Quando é assim, bloqueio, apago.

E com esse corpão todo, você faz preparação para o carnaval?Já perdeu a linha alguma vez com esse tipo de crítica?
Só perco a linha quando envolve mentira. Quando dizem que faço uma coisa, e eu não fiz. Não gosto de injustiça. Como no episódio do joelho. Se for outra coisa, se me xingarem, dizerem que estou feia, tô nem aí.

Toda mulher tem uma encanação. Quanto mais a gente trabalha com oCorpo, mas criteriosa fica. Procura ainda mais imperfeições. Sempre faço foto de biquíni, tenho feiras fitness, então me mantenho bem o ano inteiro. Mas para o carnaval, dou uma apertada. Aperto a dieta desde de novembro, malho mais.

Como é sua dieta para a folia?
Consumo poucas coisas. Não consumo batata doce, por exemplo, porque me faz mal. Como arroz integral, carnes magras, frango e clara de ovo. O resto reponho com suplementos e vitaminas. Salada também posso. Essa é a dieta do carnaval. A do resto do ano como mais umas coisinhas, dou uma escapadinha, como macarrão integral. Como até picanha (risos). Mas sem gordura (risos).
Ela ama MC Donalds 

Picanha é o auge da ‘jacação’?
Amo, amo, amo, MC Donalds. Amo fast food. Fico meses sem ver, mas se eu tiver que comer uma besteira, como isso. Geralmente como umas duas vezes no ano. Estou sonhando com um duplo. Um dia entrei em uma loja e ficou todo mundo me olhando. Não me faz muito bem, não. O corpo reage meio mal no dia seguinte(risos).

Sua fantasia será ousada no Rio como costumava ser em São Paulo?
Não vai ser tapa-sexo. É tapada, mas é uma ilusão. Parece que estou vestida, mas não estou (risos). Será feita de um material diferente e muito brilho. Mas vai ter corpão sem celulite e sem nada (risos).

Juju Salimeni (Foto: Marcos Serra Lima/EGO)
Juju Salimeni (Foto: Marcos Serra Lima/EGO)
Juju Salimeni 
Juju Salimeni (Foto: Marcos Serra Lima/EGO)Juju Salimeni
Juju Salimeni (Foto: Marcos Serra Lima/EGO)Juju Salimen
Juju Salimeni (Foto: Marcos Serra Lima/EGO)Juju Salimen

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