sábado, 30 de janeiro de 2016

Inquérito apura incitação a crime por parte de líder dos taxistas de São Paulo

Antonio Matias teria feito apologia à violência ao falar contra a atuação do Uber.
Motoristas do Uber foram agredidos por taxistas em São Paulo

A Polícia Civil de São Paulo instaurou inquérito para apurar possível incitação de prática criminosa do presidente do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores de Empresas de Táxi de São Paulo (Simtetaxi), Antonio Matias.

Em vídeo publicado em rede social, ele afirmou que "agora é cacete" na mobilização de taxistas contra a atuação do Uber na capital.

O vídeo foi uma resposta ao prefeito Fernando Haddad (PT), que, na quinta-feira, 28, afirmou que os taxistas "vão desaparecer pela concorrência predatória" caso não aceitem a regularização do transporte individual. Ele disse também que não havia condições de "fiscalizar uma nuvem" em referência ao aplicativo Uber.

Na manhã deste sábado, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) determinou a apuração de incitação de crime praticada pelo sindicalista. Matias será chamado para depor.

A pasta informou também que taxistas que participaram das agressões a motoristas da Uber e passageiros durante a festa da revista Vogue no Hotel Unique, nos Jardins, zona sul da capital, estão sendo identificados por fotografias que registraram a confusão na noite de quinta-feira. Eles serão chamados para depor no 15.º Distrito Policial.

Disputa

Matias diz no vídeo, que vai ficar "na cola" do prefeito para pedir fiscalização contra a Uber na capital.

— Não queira briga com esse presidente. Use seus argumentos de prefeito porque, a partir de agora, 28 de janeiro de 2016, o senhor está na marca do pênalti, porque eu vou estar na sua cola, prefeito Haddad. Não brinque com essa categoria. Respeito é bom e os taxistas merecem. Os munícipes dessas cidades merecem.

"Chega de palhaçada nessa cidade. Agora é cacete, prefeito", afirmou. A publicação foi postada em uma rede social horas depois da declaração de Haddad.

Matias acusou ainda o Departamento de Transporte Público (DTP), órgão da Secretaria Municipal de Transportes responsável pela fiscalização, de "corrupto".

— Tem como fiscalizar. Só nós já apreendemos mais de 250 carros junto com fiscais do DTP. Se o senhor não sabe é porque o departamento do senhor é corrupto. Acabou a moleza, prefeito, Haddad.

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