sábado, 30 de janeiro de 2016

Paraguai estima entre 1.000 e 2.000 casos de zika na fronteira com Brasil

Autoridades sanitárias estão monitorando cerca de 150 mulheres grávidas na região.
Dengue, chikungunya e zika são transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti

O Paraguai estima que existem entre 1.000 e 2.000 casos prováveis de zika vírus na região de fronteira com o Brasil, onde a circulação do vírus foi detectada nas últimas semanas, informou o Ministério da Saúde paraguaio.

As autoridades sanitárias estão monitorando cerca de 150 mulheres grávidas na região localizada a cerca de 500 quilômetros ao norte da capital Assunção, por conta da probabilidade de que apareçam casos de microcefalia em bebês cujas mães foram infectadas pelo vírus no Brasil.

"Começamos a detectar o zika em Pedro Juan (Caballero) em novembro. Estamos observando um aumento dos casos. Com essa informação, temos que esperar os primeiros casos de microcefalia provavelmente no mês de março", disse à Reuters a diretora do Ministério da Saúde, Agueda Cabello.

"Estamos fazendo o acompanhamento ecográfico das grávidas para detectar de forma prematura se há microcefalia. Até o momento não detectamos, como também não detectamos casos de Guillain-Barré", acrescentou, se referindo a um tipo de paralisia.

O Paraguai está em alerta epidemiológico por conta da circulação da dengue — presente no país há mais de uma década — da chikungunya e do zika, que são transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti. O ministério afirma ter confirmado seis casos de zika em laboratório.

As fortes chuvas provocadas pelo fenômeno climático El Niño multiplicaram os criadouros do mosquito vetor, que se reproduz na água parada, o que aumentou o rico de contágio.

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