Seul faz tiros de advertência contra barco de patrulha norte-coreano. Tensão entre países vizinhos aumenta ainda mais após lançamento de foguete por Pyongyang.
Soldado sul-coreano perto de portão em Paju, na fronteira entre as duas Coreias.
SEUL — A Marinha da Coreia do Sul disparou tiros de advertência nesta segunda-feira contra um barco de patrulha norte-coreano, aumentando ainda mais as tensões entres os dois país após o lançamento de um foguete de longo alcance no fim de semana por Pyongyang. Segundo o Ministério da Defesa em Seul, o navio do país vizinho cruzou a fronteira disputada do Mar Amarelo, mas recuou depois do alerta emitido.
Os impasses entre as nações são comuns, pois a fronteira marítima não é reconhecida por Pyongyang. Para o regime norte-coreano, os limites foram definidos de forma unilateral pelos EUA e pela ONU após a Guerra da Coreia, entre 1950 e 1953. Os dois países se queixam com frequência de incursões do lado contrário, mas os incidentes raramente levam a algo mais sério.
No entanto, Seul está em um alto estado de alerta diante do lançamento do foguete de domingo pela Coreia do Norte, que insiste ser um teste de míssil balístico disfarçado. A presidente sul-coreana, Park Geun-hye, definiu a operação como uma provocação apelou por uma maior internacional ao país vizinho.
Sul-coreanos assistem a programa de televisão que noticia lançamento de foguete pela vizinha do Norte - Ahn Young-joon / AP
No domingo, o Conselho de Segurança da ONU condenou veementemente a ação norte-coreana, considerada uma séria violação às resoluções do órgão, e prometeu tomar medidas punitivas contra o país.
Pyongyang está sob sanções da ONU desde seu primeiro teste nuclear, em 2006. Desde então, o país conduziu mais três testes atômicos, incluindo um no mês passado, com numerosos lançamentos de mísseis balísticos. As sanções restringem o trabalho do país em armas nucleares e mísseis balísticos, colocam diversos indivíduos e entidades em uma lista negra e barram a liderança norte-coreana de importar bens de luxo.
O lançamento também pode levar os Estados Unidos a reforçar seus sistemas de defesa de mísseis na Ásia, o que pode elevar a tensão nas relações entre EUA e China e ainda prejudicar as relações entre Pequim e Seul. Os governos americano e sul-coreano declararam que irão iniciar conversas formais a respeito da mobilização do sofisticado sistema Defesa Aérea Terminal de Alta Altitude (THAAD, na sigla em inglês) na península coreana.
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