sábado, 20 de fevereiro de 2016

Morre aos 84 o escritor italiano Umberto Eco

Autor ficou famoso por: O nome da rosa e O pêndulo de Foucault
RIO - O semiólogo, filósofo e escritor italiano Umberto Eco morreu nesta sexta-feira aos 84 anos. Ele era autor de sucessos como "O nome da rosa" (1980) e "O pêndulo de Foucault" (1989). Seu último livro, "Número zero", foi lançado em 2015 e saiu no Brasil pela Record, O autor morreu por volta de 22h30m em sua casa em Milão. O que causou a morte dele ainda não foi  divulgada Ele nasceu na cidade de Alexandria, ao Norte da Itália, em 5 de janeiro de 1932. Antes de começar a escrever romances de sucesso comercial, por volta dos 50 anos, Eco escreveu diversos ensaios sobre a semiótica, a estética medieval, linguística e filosofia. Seus primeiros trabalhos publicados eram estudos sobre a obra de São Tomás de Aquino. Considerado como um dos maiores intelectuais da Itália, Eco se firmou como um dos grandes nomes da nova narrativa italiana. Era dono de uma prosa que misturava, em mesma medida, erudição, humor e referências da cultura pop.

Estreou em 1962 com "Obra aberta" e, desde então, entre estudos acadêmicos e romances, publicou ois clássicos "Apocalípticos e integrados" (1964), "A estrutura ausente" (1968), "O super-homem de massa" (1978), "Lector in fabula" (1979), "O pêndulo de Foucault" (1989). "Como se faz uma tese", o melhor amigo de gerações de universitários, foi publicado em 1977.

"O nome da rosa", seu maior sucesso, vendeu milhões de exemplares e se passa durante a idade média, quando uma série de crimes acontecem em uma abadia. O livro foi adaptado em 1986 para o cinema, por Jean-Jacques Annaud, com Sean Connery como o frade franciscano,  Christian Slater como o noviço Adson von Melk e Guilherme de Baskerville. — Somos 7 bilhões no mundo, então o número dos meus leitores é mínimo, mas alguns querem um desafio, querem que um livro seja uma provocação para a inteligência, um esforço. Os editores acham que o leitor quer coisas fáceis. Mas, para isso, ele já tem a televisão. Ninguém consegue explicar por que o único livro fácil que escrevi, "A misteriosa chama da Rainha Loana" (2004), não interessou a ninguém.  

 Além disso, Eco trabalhou ainda como editor de cultura da RAI, a emissora estatal italiana, e tornou-se professor universirário.Em setembro de 1962, se casou com Renate Ramge, professora de artes alemã com quem ele teve um filho e uma filha. Dividia o tempo entre o apartamento em Milão e um casa de férias perto de Rimini. Alguns deles tinham até 500 anos.— Quase não vou a bibliotecas, tudo o que me interessa está aqui. Quando penso em ir a uma livraria, também não vou, porque recebo todos os livros lançados, infelizmente — disse.

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