segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Operador preso na Lava-Jato era investigado há mais de um ano

Atuação de Zwi Skornicki pode levar a outras áreas da administração federal, além da Petrobras.

O engenheiro Zwi Skornicki, representante comercial no Brasil do estaleiro Keppel Fels, está na mira da Polícia Federal há mais de um ano, desde que o nome dele surgiu na lista de 11 operadores de propina entregue à Lava-Jato pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, um dos delatores da operação. Segundo a Polícia Federal, Skornicki é o maior dos operadores do esquema e teria movimentado quantias muito superiores aos demais, incluindo aí o doleiro Alberto Youssef. A atuação de Skornicki pode levar a outras áreas da administração federal, além da Petrobras.

Nascido na Polônia, Skornicki, de 66 anos, era representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels. Somente as propinas relacionadas aos contratos firmados entre o estaleiro e a Petrobras podem ter ultrapassado R$ 100 milhões. O mesmo assinou contratos com a estatal para as plataformas P-51, P-52, P-56 e P-61 e os cascos para a P-53 e P-58.

Barusco disse que o estaleiro ainda devia US$ 14 milhões em propina à diretoria de Serviços da Petrobras quando o diretor da área, Renato Duque, deixou a empresa. Skornicki teria então usado uma conta sua no banco Delta, na Suíça, para transferir US$ 12 milhões a Duque e US$ 2 milhões a Barusco por meio de contas mantidas pela dupla no mesmo banco.

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