sábado, 6 de fevereiro de 2016

Rosas, Vila Maria e Gaviões são destaques no 1º dia de desfiles em SP

Pérola Negra, Águia de Ouro, Nenê e Acadêmicos do Tatuapé desfilaram. Noite teve Claudia Raia, apagão e pequeno atraso, mas sem penalizações.

O primeiro dia de desfiles em São Paulo aconteceu sem atrasos e sem penalizações para as sete escolas que passaram pelo Anhembi.

Ou melhor, teve apenas um atraso, no começo. A Pérola Negra deveria ter entrado na avenida às 23h15, mas problemas como chuva e um apagão fizeram a escola ser liberada para desfilar 23 minutos após a hora prevista.


Um transformador explodiu e houve queda de energia, deixando partes do Anhembi sem luz pelo menos duas vezes. A Liga das Escolas de Samba de São Paulo não soube informar o motivo da explosão.

Gaviões da Fiel, Rosas de Ouro e Vila Maria foram os destaques da noite. A Vila Maria mostrou força com carros grandiosos e acabamentos quase impecáveis, sob tutela do carnavalesco carioca Alexandre Louzada. Ele foi campeão no ano passado pela Vai-Vai.

Os carros e fantasias da Vila Maria vieram cheios de azul e verde, representando o mar e a mata de Ilhabela, cidade litorânea paulista. A Gaviões sambou iluminada e cheia de maquiagem, com um enredo sobre fantástico e imaginação. A piração foi bem recebida.

Águias de Ouro, Nenê de Vila Matilde e Acadêmicos do Tatuapé também desfilaram nesta sexta-feira. O carnaval de São Paulo tem seu segundo dia marcado para começar neste sábado (6) às 22h35.

A noite teve duas homenagens para lugares de São Paulo. A Pérola botou uma bailarina para sambar na ponta da sapatilha, fazendo um tributo ao bairro da Vila Madalena por meio da dança. Logo depois, a Vila Maria celebrou Ilhabela.

Outras imagens marcantes da noite foram a presença de Claudia Raia, homenageada no enredo da Nenê de Vila Matilde; e a surpreendente comissão de frente da Águia de Ouro. Uma bailarina saiu de dentro de um caldeirão, representando Nossa Senhora.

PÉROLA NEGRA

Em seu retorno à à elite, a Pérola Negra contou a história da Vila Madalena, do balé ao samba. A angolana Carmem Mouro fez história como a primeira rainha de bateria estrangeira em São Paulo. O ponto alto foi o samba-enredo com vários refrões populares. Barzinhos, cemitério, índios, araras e hippies também foram lembrados.

UNIDOS DE VILA MARIA

A Vila Maria homenageou Ilhabela por meio das lendas de feiticeiras e piratas e das atrações turísticas da cidade-arquipélago no litoral paulista. Em seus 62 anos, a escola nunca levou um título. Este ano, veio comandada pelo carnavalesco carioca Alexandre Louzada.

ÁGUIA DE OURO

A Águia de Ouro fez "samba-procissão" com homenagem a Virgem Maria. A escola falou sobre fé e maternidade. Foi um desfile cheio de elementos religiosos, com direito a imagens da Nossa Senhora e a uma encenação do flagelo de Cristo. A comissão de frente trouxe 13 bailarinas como sacerdotisas, e a já citada bailarina como Nossa Senhora, em um caldeirão.

ROSAS DE OURO

O desfile da Rosas de Ouro teve como tema a história da tatuagem. Uma bailarina só de tapa-sexo e com o corpo tatuado foi o destaque da comissão de frente. Ellen Roche, que está na escola desde 2000, veio mais uma vez à frente da bateria conduzindo os 220 ritmistas vestidos de marinheiros. No desfile, a tatuagem apareceu no corpo de hippies, roqueiros, índios americanos, romanos, samurais e esquimós.

NENÊ DE VILA MATILDE

A Nenê de Vila Matilde cantou os 30 anos de carreira de Claudia Raia. A atriz de 49 anos desfilou como destaque no último carro. "É a maior honra que uma artista pode receber no Brasil", disse ela sobre a homenagem. Mesmo sem luxo ou alegorias grandiosas, a escola da Zona Leste contou mais uma vez com a empolgação dos integrantes.

GAVIÕES DA FIEL

Com a torcida empolgada e cantando o samba já no aquecimento, a Gaviões da Fiel foi a penúltima escola. A comissão de frente ousada veio com integrantes iluminados por luzes piscantes. Na sequência, antes mesmo do abre-alas, estavam as baianas, com uma fantasia reluzente representando os céus e a terra. Sabrina Sato foi, de novo, destaque como madrinha da bateria com uma fantasia feita toda de pedras. Na "ala" das celebridades também estava a atriz Thayla Ayala, que foi destaque de chão.

ACADÊMICOS DO TATUAPÉ

Com o enredo “É ela, a Deusa da Passarela – Olha a Beija-flor aí gente!”, a escola da Zona Leste relembrou desfiles históricos da escola Beija-Flor, como a passista Pinah Ayoub, que ficou conhecida como a cinderela negra do samba, e o casal de mestre-sala e porta-bandeira Selminha Sorriso e Claudinho. Mesmo sem provocar impacto, a Tatuapé contou com a resistência e garra dos 3.200 componentes para evoluir com empolgação.

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