sexta-feira, 11 de março de 2016

Convenção deve marcar início de desembarque do PMDB do governo

Direção do partido poderá liberar votos em processo de impeachment. Parlamentares peemedebistas dizem que vão defender independência.
Apesar dos esforços do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em manter o apoio do PMDB, a Convenção Nacional do partido, que ocorre neste sábado (12), deve marcar o início do desembarque da sigla do governo.
Segundo parlamentares peemedebistas ouvidos pelo G1, não haverá um rompimento oficial com a presidente Dilma Rousseff, mas poderá ser aprovada uma moção por maior independência do partido e um documento que libere os votos no processo de impeachment da petista.
Não vai ter mudança do status quo na convenção do PMDB. Mas vai ter moção de monte. Deve ter de impeachment, de afastamento, disse o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE).

As moções que estão sendo preparadas por diferentes alas do PMDB vão desde defesa do desembarque total do partido do governo até pedido de maior distanciamento. A ação é que seja escolhido um meio termo com defesa de, além de liberdade no processo de impedimento independência nas demais votações no Congresso.
Nós estamos trabalhando e muito. Vai ser a convenção mais oposicionista da história de 11 anos que estamos com o PT. Vamos apresentar inúmeras moções, e uma delas vai ser o afastamento do governo, e independência nas votações. O PMDB, se continuar com o PT, vai morrer afogado com ele, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), um dos defensores do rompimento com o governo.
Nova direção
A convenção também servirá para eleger a nova direção do PMDB. A expectativa é de que o atual presidente nacional da sigla, Michel Temer, vice-presidente da República, seja reeleito. Ciente da tendência de afastamento do PMDB, Lula tomou café da manhã na última quarta (9) com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e outros senadores peemedebistas.

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