sexta-feira, 18 de março de 2016

Ministro vira alvo de processo da Comissão de Ética do PMDB

Mauro Lopes contrariou cúpula do partido ao tomar posse na Aviação Civil. Colegiado analisará se peemedebista deve ser expulso da legenda
A Comissão de Ética do PMDB instaurou nesta sexta-feira (18) processo disciplinar para analisar se o deputado licenciado Mauro Lopes (PMDB-MG) deve ser expulso do partido por ter desobedecido decisão partidária ao tomar posse no comando da Secretaria de Aviação Civil.

A ida de Mauro Lopes para o primeiro escalão do governo Dilma Rousseff contrariou decisão aprovada no último sábado (13) pela convenção nacional do PMDB que proibiu filiados do partido a ocuparem cargos no governo federal até que seja discutido o eventual rompimento com Dilma.

A decisão sobre o desembarque será tomada no próximo dia 29 de março, em reunião do Diretório Nacional. De acordo com o presidente da Comissão de Ética, deputado Eduardo Kraise (PMDB-RS), o PMDB recebeu 11 representações pedindo a expulsão de Mauro Lopes. Os pedidos serão entregues à deputada Rose Rainha (PMDB-DF), que será a relatora.

Ela apresentará um parecer preliminar, pela expulsão ou não do deputado de Minas Gerais. Em seguida, ele terá 10 dias para apresentar a defesa. A Comissão de Ética, então, votará o parecer da relatora. Eventual decisão pela expulsão precisa ser submetida à Executiva Nacional do PMDB, a quem cabe a palavra final.


“Queremos dar o máximo de celeridade ao processo”, disse o presidente da Comissão de Ética. Mauro Lopes tomou posse como ministro da Aviação Civil nesta quinta-feira (17), na mesma cerimônia em empossou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O vice-presidente da República, Michel Temer, presidente nacional do PMDB, se recusou a participar da cerimônia por considerar uma “afronta” o governo nomear Mauro Lopes após a decisão da convenção nacional do partido.

Questionado nesta quinta (17) sobre se lutaria para se manter no PMDB, o novo ministor da Aviação Civil respondeu:

“Eu não vou abandonar o PMDB. O PMDB é muito grande. Temos hoje sete ministro no governo. Como vai tomar medida precipitada, contra um filiado do partido? Eu não preocupo com isso. São momentos de emoção, é passageiro. As pessoas mais exaltadas eu sei que vão conscientizar depois, ver trabalho que sempre prestei ao PMDB com lealdade e dedicação.”

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