sábado, 2 de abril de 2016

Lula diz que há 'clima de ódio' e que defender impeachment é 'ser golpista'

Ex-presidente participou de ato contra impeachment em Fortaleza. 
Ele argumentou que Dilma não cometeu crime de responsabilidade.
Em ato contra o impeachment realizado em Fortaleza (CE), o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o país vive um "clima de ódio" nunca visto antes e disse que "defender o impeachment" da presidente Dilma Rousseff é agir "como golpista".
“Eu estou estranhando um pouco o que está acontecendo no nosso país. Eu completei 70 anos de idade. Vivo nesse país fazendo política e nunca vi um clima de ódio estabelecido no país como está estabelecido agora. Aqueles que amam a democracia aqueles que gostam de fazer política, [...] querem que se respeite a coisa mais elementar, que é o respeito ao voto popular que elegeu a Dilma”, discursou diante do público presente ao ato.

Para o ex-presidente, Dilma não cometeu crime de responsabilidade e, por isso, não pode ser afastada do cargo. "Foi só a Dilma começar a andar de bicicleta que eles inventaram as pedaladas. Ninguém aqui é contra o impeachment que está na Constituição, mas tem que ter base legal, crime de responsabilidade. E a companheira Dilma não cometeu crime de responsabilidade. Por isso, defender impeachment é ser golpista", disse.

Lula lembrou que perdeu várias eleições antes de ser presidente e fez um "apelo" à comissão especial da Câmara destinada a dar parecer pela continuidade do processo de impeachment. "Eu não vou deixar que haja golpe. Vou fazer apelo aos deputados federais que estão na comissão. Eu perdi muitas eleições. Eles sabem que o que estão fazendo é golpe", disse.

Antes de Lula, o governador do Ceará, Camilo Santana, discursou para dizer que não há cometimento de crime de responsabilidade por parte da presidente Dilma.

“Nesse momento, estão tentando fazer o impeachment, para tirar nossa presidente. Nós não aceitamos isso porque não existe crime de responsabilidade. Isso é golpe, isso é golpe, presidente. Vamos defender a democracia. Não vai ter golpe!”, declarou.

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