Perícia independente vai investigar queda de ciclovia, diz Prefeitura do Rio

Técnicos analisam local em que ciclovia desabou

'Modo construtivo da obra está dentro das normas', diz Márcio Motta. Ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, foi inaugurada há três meses. O secretário Executivo de Governo, Pedro Paulo Carvalho, disse nesta sexta-feira (21) que a prefeitura irá contratar uma perícia independente para analisar a queda do trecho de 26 metros da Ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, em São Conrado, na Zona Sul do Rio, nesta quinta-feira (21). Duas pessoas morreram no acidente — Eduardo Marinho Albuquerque, de 54 anos, eRonaldo Severino da Silva, de 60 anos. “Houve fiscalização, inclusive, hoje [sexta-feira], às 10h, nós vamos estar reunidos com todos os técnicos da prefeitura, Geo-Rio, Secretaria de Obras e os engenheiros da prefeitura. Nós contratamos uma auditoria independente, a Cope, o INPH, para que a gente possa ter um diagnóstico do que aconteceu para que se possa tomar providências e acontecimentos como esse não se repitam na cidade", disse Pedro Paulo.

Questionado pelas análises de engenheiros que apontam que houve uma falha de projeto ou na execução, o secretário não descartou um problema na engenharia do projeto. “A engenharia está sob suspeita nesse acidente, o que nós não podemos adiantar é um diagnóstico prematuro. O que tiver disponível de inteligência para que a gente possa explicar as causas desse acidente", completou.

'Modo construtivo dentro das normas'

De acordo com o subsecretário de Defesa Civil, Márcio Motta, o modo construtivo da obra da ciclovia está dentro das normas, mas que ainda é cedo para apontar onde está a falha.

"Ela está seguindo as normas e construtiva dessa forma. É muito precoce dizer onde está a falha. Nós não temos esse histórico de problemas de ressaca, de uma onda forte atingindo a Niemeyer, obrigando o fechamento. Conversamos com moradores e eles também ficaram surpresos com esse comportamento [das ondas]", disse Motta.

Apesar dessa observação dos moradores, o subsecretário disse que foi feita uma avaliação sobre o impacto das ondas.

"Ontem [quinta-feira], conversando com o consórcio responsável, houve sim a avaliação com relação ao impacto das ondas nas colunas, o impacto do vento nessas colunas, esse desgaste. A norma não exige, no momento, uma avaliação com relação a essa projeção de arremesso", completou Motta.