sábado, 2 de abril de 2016

Planalto cria narrativa para fugir do Petrolão, sai das cordas e respira aliviado sobre impeachment

A semana terminou com o governo respirando aliviado em relação a possibilidade de abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. A avaliação no Palácio do Planalto é que o governo conseguiu sair das cordas depois do movimento de desembarque do PMDB no início da semana. 
Petistas também consideram que a narrativa de que Dilma sofre uma tentativa de golpe conseguiu animar a militância. Na prática, esse discurso serviu para o governo sair das cordas, depois do escândalo de corrupção do petróleo. O seja, o PT deixou uma agenda extremamente negativa com as denúncias da Operação Lava Jato, para emplacar o enredo de que Dilma é vítima de uma tentativa de golpe. 

Apesar desse discurso público de vitimização, o governo se mostrou extremamente pragmática nesses últimos dias. Com a saída do PMDB, a estratégia palaciana foi de iniciar uma negociação explícita oferecendo ministérios e cargos em troca de votos (ou ausências) contra o impeachment de Dilma. Ou seja, passou a negociar no balcão com o PP , PR, PSD e partidos nanicos. O PP e o PR (ex-PL) são legendas que tiveram protagonismo no escândalo do mensalão.

Na política real, o governo foi para a ofensiva para mudar o placar do julgamento do impeachment. Ou seja, passou a negociar diretamente com os juízes do tribunal que analisará o impedimento de Dilma: os deputados. 

Diante disso, os partidos e os parlamentares decidiram valorizar o voto. E devem negociar até a reta final do julgamento do impeachment. Nunca – nesses anos de governo Dilma - o toma-lá-dá-cá foi tão intenso como agora

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