domingo, 17 de abril de 2016

Sessão que discute o impeachment tem bate-boca e empurra-empurra

Deputados foram interrompidos durante discursos por colegas no plenário. Dois parlamentares se empurraram no plenário após discussão. Parlamentares se exaltaram na noite deste sábado (16) enquanto se revezavam no plenário da Câmara dos Deputados em discursos a favor e contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Houve bate-boca e empurra-empurra durante a noite de sábado e na madrugada de domingo (17). A votação do processo ocorrerá na tarde deste domingo. O primeiro episódio foi um bate-boca no plenário. Os deputados Givaldo Vieira (PT-ES) e Rocha (PSDB-AC) tiveram seus discursos interrompidos e acabaram ganhando um minuto a mais para discursar. O deputado Pepe Vargas (PT-RS) sugeriu que o tempo seja parado caso o discurso do parlamentar seja interrompido, para que todos tenham o direito a falar por 3 minutos. O deputado da Givaldo Vieira (PT-ES) discursava contra o impeachment e comparava os que são a favor do afastamento de Dilma aos que tomaram o poder em 1964. "Tentam neste momento nos submeter a um novo golpe dissimulado, um golpe parlamentar", afirmou, pouco antes de ser interrompido por gritos da plateia, que contestavam a fala dele.


"Golpistas, machistas, filhos da ditadura, pais da ditadura", acusava Vieira quando iniciaram reações exaltadas de deputados favoráveis ao impeachment. "Cale a boca deputado! Me respeite, me respeite! Eu estou na tribuna. Presidente, peço o meu tempo [de fala]. Você [deputado não identificado] tem que me respeitar, aqui não é a sua casa", disse o parlamentar a um colega que gritava no plenário, mas não foi identificado.

O deputado Rocha (PSDB-AC) por sua vez, que falou em seguida, afirmou em seu discurso que não se pode deixar que a "mentira prevaleça".

"Por várias vezes, tentaram convencer o povo que se tratava de um golpe. Que a presidente Dilma nunca foi acusada. Mentira. A presidente Dilma é citada na delação e várias delatores, é beneficiária da lista de todas empreiteiras que doaram recursos de propina para a campanha do PT. A presidente Dilma é ré no TSE. Contra ela corre denúncia de ter recebido dinheiro de denúncia para sua campanha". Neste momento, Rocha foi interrompido por aliados da presidente Dilma. Após o episódio, os parlamentares que foram interrompidos falaram novamente e foram seguidos pelos demais deputados inscritos para falar na noite deste sábado.

Empurra-empurra
Mais tarde, na madrugada de domingo, a sessão foi interrompida por conta de uma confusão entre os deputados Sibá Machado (PT-AC) e Vitor Valim (PMDB-CE), marcada por empurra-empura entre os dois parlamentares.

Após Valim fazer um discurso duro na tribuna do plenário da Câmara, clamando pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff e dizendo não ter medo dos "bandidos aqui do PT", ele foi aborbado por Sibá Machado.

O deputado petista afirmou que pegou Valim pelo braço para que ele prestasse atenção ao que ia falar na tribuna. "Eu vou dar um pau! [no discurso na tribuna]", disse Sibá ter afirmado ao tucano, que o empurrou em seguida.

Vitor Valim afirmou que Sibá bateu em seu peito afirmando: "Vai ouvir aqui na hora o que eu vou falar. Vou lhe pegar [no discurso na tribuna]. Eu chamei pelo adjetivo que eles têm mesmo que é 'bandido'", declarou ele, confirmando que empurrou o petista em seguida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente aqui