quinta-feira, 7 de abril de 2016

Sheik em xeque: jogador perde vaga e busca espaço no ataque do Flamengo

Emerson Sheik, Emerson, Sheik, Flamengo, Ninho (Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com)
Emerson Sheik pediu a bola a toda hora nesta quarta, mas não teve sucesso
Vice-artilheiro do time no Carioca, atacante aproveita semana livre para aprimorar forma, participa de atividade entre reservas e deve seguir fora do time no sábado. Um dos jogadores mais vitoriosos do elenco do Flamengo, Emerson Sheik deve seguir no banco na partida contra o Boavista, sábado, 16h, em Volta Redonda. A visão do lado de fora das quatro linhas não é muito a dele, ainda mais para um jogador que goza de tanta confiança do professor. Logo na chegada, Muricy, que foi campeão brasileiro em 2010 com o camisa 11 rubro-negro no Fluminense, deixou clara a admiração pelo atacante. Não faltaram adjetivos elogiosos:

- É um cara que com certeza gosto de trabalhar, é vencedor, tem personalidade e não pipoca. Na hora de treinar, dá a vida. É um cara com quem estou superfeliz de trabalhar. É só ver o currículo dele. É fundamental no Flamengo - disse o treinador na ocasião. 

Como era esperado, Emerson começou o ano como titular, marcou gols - é vice-artilheiro do time no Carioca, com quatro gols - até ser sacado da equipe, extraoficialmente, na partida contra o Botafogo (2x2). Antes praticamente irredutível em relação a manter o esquema de três atacantes - que começou a temporada com Cirino, Guerrero e Sheik -, Muricy optou por mudar o sistema da equipe no clássico do último sábado, trocando o experiente atacante por um homem de criação (Alan Patrick) no meio-campo. O 4-4-2, aliás, foi mantido no primeiro coletivo desta semana, na quarta-feira.

Na entrevista após a partida contra o Atlético-PR (0x1), pela semifinal da Primeira Liga, o treinador disse que era mudança circunstancial, afirmando que se "todos estivessem aptos" o Flamengo jogaria com três atacantes. 

Sheik iniciou a semana treinando normalmente. O trabalho do jogador de 37 anos é preparado especialmente para um atleta que já não é mais garoto. Apesar disso, Emerson foi um dos últimos a sair da atividade da tarde dessa quarta-feira ao lado de Ederson - outro que deve ficar fora da equipe. No coletivo, aliás, recebeu ótimas bolas na área, mas parou em Daniel. Numa delas, o jovem goleiro fez ótima defesa, numa cabeçada à queima-roupa. Emerson disputou 13 das 18 partidas oficiais na atual temporada (sem contar amistosos) e marcou quatro gols, todos pelo Campeonato Carioca. Destas partidas, ele foi titular em 11 (sendo que em três foi substituído) e saiu do banco em duas. A última delas, no empate em 2 a 2 com o Botafogo, em Juiz de Fora.

Nesta temporada, os aplausos da torcida do Flamengo diminuíram. Chegou a ser vaiado no Pacaembu, no empate com o Fluminense, pelo Campeonato Carioca, e xingado contra o Atlético-PR. Experiente, ele não se abala. O jogador também tem defesa da diretoria - desde o diretor Rodrigo Caetano até o vice-presidente de futebol Flavio Godinho. O dirigente disse que Sheik "não era intocável" três dias antes dele ficar no banco no clássico contra o Botafogo. Soou quase como profecia. 


- O Sheik é um jogador que tem personalidade, de decisão, que chama a responsabilidade nos jogos e que puxa a fila no treinamento. Tem uma série de qualidades que talvez faça o Muricy escalá-lo. Esse negócio de que o Sheik é intocável não existe. O Sheik é um dos grandes jogadores do Flamengo - disse, na semana passada, Flavio Godinho.

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