segunda-feira, 9 de maio de 2016

Dólar sobe forte e volta a passar de R$ 3,60

Mais uma vez, o BC não anunciou intervenção no câmbio.
Anulação de impeachment da presidente Dilma dá fôlego à alta da moeda.
O dólar opera em alta nesta segunda-feira (9), em linha com os mercados no exterior e à espera de desdobramentos da crise política no Brasil. Mais uma vez, o Banco Central não anunciou intervenção no câmbio. A alta ganhou força após a notícia de que o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, anulou a votação de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Às 12h20, a moeda norte-americana subia 3,08% em relação ao real, cotada a R$ 3,6107 na venda. Veja a cotação do dólar hoje.

Acompanhe as cotações ao longo do dia:
Às 9h10, alta de 0,12%, a R$ 3,5074
Às 10h40, alta de 0,35%, a R4 3,5151
Às 11h30, alta de 0,47%, a R$ 3,5196
Às 12h, alta de 1,77%, a R$ 3,565
Às 12h10, alta de 3%, a R$ 3,6082

"Dólar sobe com a notícia que o presidente interino da câmara, Waldir Maranhão, atende o pedido da AGU e suspende o processo de impeachment", escreveram operadores a corretora Correparti em nota a clientes, segundo a Reuters.

No exterior, o dólar avançava em relação a moedas de outros países emergentes após dados da China mostrarem que aexportações e importações caíram mais do que o esperado em abril, esfriando expectativas de recuperação da economia chinesa, de acordo com informações da Reuters.

"Dados fracos da China ainda têm a capacidade de mexer com os mercados, especialmente na ausência de outros fatores relevantes", disseram os analistas do banco Brown Brothers Harriman (BBH), em nota a clientes, segundo a Reuters.

Entenda por que dados sobre a China afetam os mercados pelo mundo.

No Brasil
O Senado vota na quarta-feira (11) o afastamento temporário de Dilma Rousseff que, se confirmado, levará o vice Michel Temer à presidência. Temer já indicou o ex-presidente do BC Henrique Meirelles como seu ministro da Fazenda, o que tem agradado o mercado. Para o mercado, a saída de Dilma é certa e a questão agora é se Temer conseguirá ser bem-sucedido", disse à Reuters o economista da consultoria 4Cast Pedro Tuesta.

Mais uma vez, o Banco Central não anunciou leilão de swap cambial reverso, equivalente a compra futura de dólares, apesar de a moeda norte-americana ter voltado ao patamar de R$ 3,50, considerado por muitos operadores como o piso que o BC tentaria defender. O BC atuou no início da semana passada, mas está ausente do mercado desde quarta-feira.

Entenda como funciona a intervenção do BC no câmbio.

Semana passada
O dólar fechou em queda na sexta-feira (6), voltando a ser cotado abaixo de R$ 3,50, após o mercado alimentar expectativas de que os juros nos Estados Unidos vão demorar mais para subir diante da divulgação de dados ruins sobre o mercado de trabalho na maior economia do mundo.

A moeda dos EUA caiu 1,04% em relação ao real, cotada a R$ 3,503 na venda. Na semana passada, porém, o dólar acumulou alta de 1,83%. No ano, a moeda tem queda de 11,27% frente ao real.

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