quarta-feira, 22 de junho de 2016

APÓS AMEAÇAS DO ESTADO ISLÂMICO, SALVADOR SE PREPARA PARA ATAQUES TERRORISTAS

Soldados das Forças Democráticas da Síria descansam em casa na zona rural de Manbij, em Aleppo, na quarta-feira (15) (Foto: Rodi Said/Reuters)
Polícia Militar da Bahia utilizou a Fonte Nova para realizar o 2º maior treinamento anti-terror já feito no mundo.

A Polícia Militar da Bahia realizou neste domingo (12) uma simulação de ataques terroristas ao estádio da Fonte Nova, em Salvador. O treinamento, coincidentemente, acontece poucos dias depois de serem descobertos uma célula do Estado Islâmico no Brasil, uma "lista da morte" preparada pelo grupo pedindo o assassinato de até 39 brasileiros, e no mesmo dia do ataque terrorista que deixou 50 mortos em Orlando (EUA). A ação faz parte do Congresso Internacional de Desastre de Massa, que acontece na capital baiana. De acordo com o Governo da Bahia, esta foi a segunda maior simulação de atentado terrorista já realizada no mundo, e a maior já realizada na América Latina. O "teatro" montado pelas forças de segurança simulou um ataque à bomba nas arquibancadas do estádio, que deixaria centenas de vítimas.

O coordenador do Centro de Gestão Estratégica do Corpo de Bombeiros da Bahia, coronel Antônio Júlio Nascimento, confessou que a preocupação nº 1 da corporação, neste momento, são os ataques terroristas. Mas ressaltou que o treinamento serviu também para preparar a tropa para outros cenários, como um tumulto que provoque grande correria entre os torcedores.

A simulação realizada na Fonte Nova também contou com cenários que envolvem perseguição policial a um suspeito de carregar um artefato potencialmente perigoso, intoxicação alimentar generalizada e varredura por objetos que representem algum tipo de perigo à população. 

Cadeia de comando

Caso as preocupações das forças de segurança se confirmem, a cadeia de comando que determinará a ordem de cada ação e suas respectivas responsabilidades já está montada. No cenário de uma explosão na plateia, a primeira força a agir será a Marinha, com tropas que utilizarão uma roupa especial para evitar contaminação. Em seguida, é acionada a Comissão Nacional de Energia Nuclear, responsável por identificar se há alguma ameaça química ou radioativa. A etapa seguinte envolve o batalhão de Operações Antibomba da Polícia Militar da Bahia, que usará um robô para determinar o potencial explosivo do que restou do artefato. Só após estas etapas é feito o resgate dos feridos que não puderam ser evacuados imediatamente. Cerca de 1500 pessoas participaram da simulação.

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