Polícia Militar da Bahia utilizou a Fonte Nova para realizar o 2º maior treinamento anti-terror já feito no mundo.
A Polícia Militar da Bahia realizou neste domingo (12) uma simulação de ataques terroristas ao estádio da Fonte Nova, em Salvador. O treinamento, coincidentemente, acontece poucos dias depois de serem descobertos uma célula do Estado Islâmico no Brasil, uma "lista da morte" preparada pelo grupo pedindo o assassinato de até 39 brasileiros, e no mesmo dia do ataque terrorista que deixou 50 mortos em Orlando (EUA). A ação faz parte do Congresso Internacional de Desastre de Massa, que acontece na capital baiana. De acordo com o Governo da Bahia, esta foi a segunda maior simulação de atentado terrorista já realizada no mundo, e a maior já realizada na América Latina. O "teatro" montado pelas forças de segurança simulou um ataque à bomba nas arquibancadas do estádio, que deixaria centenas de vítimas.
O coordenador do Centro de Gestão Estratégica do Corpo de Bombeiros da Bahia, coronel Antônio Júlio Nascimento, confessou que a preocupação nº 1 da corporação, neste momento, são os ataques terroristas. Mas ressaltou que o treinamento serviu também para preparar a tropa para outros cenários, como um tumulto que provoque grande correria entre os torcedores.
A simulação realizada na Fonte Nova também contou com cenários que envolvem perseguição policial a um suspeito de carregar um artefato potencialmente perigoso, intoxicação alimentar generalizada e varredura por objetos que representem algum tipo de perigo à população.
Cadeia de comando
Caso as preocupações das forças de segurança se confirmem, a cadeia de comando que determinará a ordem de cada ação e suas respectivas responsabilidades já está montada. No cenário de uma explosão na plateia, a primeira força a agir será a Marinha, com tropas que utilizarão uma roupa especial para evitar contaminação. Em seguida, é acionada a Comissão Nacional de Energia Nuclear, responsável por identificar se há alguma ameaça química ou radioativa. A etapa seguinte envolve o batalhão de Operações Antibomba da Polícia Militar da Bahia, que usará um robô para determinar o potencial explosivo do que restou do artefato. Só após estas etapas é feito o resgate dos feridos que não puderam ser evacuados imediatamente. Cerca de 1500 pessoas participaram da simulação.
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