sábado, 4 de junho de 2016

Após atos, Dilma prioriza agenda particular e visita filha em Porto Alegre

Dilma Rousseff visita filha em Porto Alegre neste sábado (4) (Foto: Fernando Gomes / Agência RBS)

Dilma Rousseff visita filha em Porto Alegre neste sábado (4) 

Presidente afastada deixou apartamento na manhã deste sábado (4).

Na manhã fria, Dilma não fez tradicional passeio de bicicleta. Após participar de dois atos em apoio a seu mandato, a presidente da República afastada, Dilma Rousseff, priorizou a agenda particular neste sábado (4). Ela deixou seu apartamento na Zona Sul da capital gaúcha, e visitou a filha, Paula Rousseff Araújo, e os dois netos.

Dilma saiu acompanhada de equipes de seguranças e sem falar com a imprensa. Na manhã fria na capital gaúcha, com temperatura de 8°C, ela não foi vista fazendo o tradicional passeio de bicicleta que está acostumada.

A presidente afastada está em Porto Alegre desde quinta (2). Na sexta (3), ela participou de dois eventos a favor do mandato e contrários ao governo do presidente em exercício Michel Temer. Primeiro, ela esteve no lançamento do livro "Resistência ao Golpe 2016" no Teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa. Dilma abraçou e beijou quem se aproximava, e distribuiu autógrafos. Ao tomar o microfone, chamou o público de "queridos e queridas", e defendeu sua inocência no processo de impeachment.

"Num presidencialismo, que é nosso caso, para se ter impeachament tem que ter base jurídica, crime de responsabilidade", alegou, comparando os atos pelos quais responde com medidas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

"Na época do FHC, foram 120. Iguais ao meu, pelo menos 30. Eu fiz seis. Nunca foi crime antes, e é bom que se diga que minhas contas nem foram julgadas", discursou ela.

Depois, Dilma seguiu parae um protesto na Esquina Democrática, entre a Avenida Borges de Medeiros e a Rua dos Andradas, no Centro de Porto Alegre. Portando bandeiras de partidos políticos e movimentos sindicais, os manifestantes se aglomeraram em frente a um carro de som e um palanque, isolados com grades e seguranças. No ato, Dilma também discursou. Ela criticou o parecer da Subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, que baseou a decisão derestringir ao trecho Brasília-Porto Alegre-Brasília os deslocamentos da presidente afastada com aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), e disse que está tendo o seu direito de defesa "cerceado".

"Nós estamos sendo cerceados do nosso direito de defesa. Eles não são democratas, são golpistas. [...] Um governo interino cujo objetivo é proibir que eu viaje. Vocês têm que ficar alegres porque meu direito de viagem é só de Brasília a Porto Alegre. Mas não fiquem felizes. É um escândalo que eu não possa viajar pro Rio, pro Pará, pro Ceará. Eu não posso pegar um avião, porque não tem segurança, é a Constituição que manda", criticou a presidente afastada.

Após o discurso, Dilma deixou o ato em um carro escoltado, e seguiu para casa. Os apoiadores seguiram em uma caminhada que durou quase três horas.

Os organizadores do protesto estimam que cerca de 10 mil pessoas participam do ato. A Brigada Militar não divulgou uma estimativa. No ato, Dilma também discursou. Ela criticou o parecer da Subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, que baseou a decisão derestringir ao trecho Brasília-Porto Alegre-Brasília os deslocamentos da presidente afastada com aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), e disse que está tendo o seu direito de defesa "cerceado".

"Nós estamos sendo cerceados do nosso direito de defesa. Eles não são democratas, são golpistas. [...] Um governo interino cujo objetivo é proibir que eu viaje. Vocês têm que ficar alegres porque meu direito de viagem é só de Brasília a Porto Alegre. Mas não fiquem felizes. É um escândalo que eu não possa viajar pro Rio, pro Pará, pro Ceará. Eu não posso pegar um avião, porque não tem segurança, é a Constituição que manda", criticou a presidente afastada.

Após o discurso, Dilma deixou o ato em um carro escoltado, e seguiu para casa. Os apoiadores seguiram em uma caminhada que durou quase três horas.

Os organizadores do protesto estimam que cerca de 10 mil pessoas participam do ato. A Brigada Militar não divulgou uma estimativa.

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