terça-feira, 14 de junho de 2016

Assassino de policiais na França foi condenado por jihadismo

Polícia francesa faz inspeção nesta terça-feira (14) na região onde um casal de policiais foi morto em Magnanville, na região de Paris (Foto: Thibault Camus/ AP)

Larossi Abballa foi condenado a três anos de prisão.
Ele e mais 7 integravam organização que enviava jihadistas ao Paquistão. O homem que matou na noite de segunda-feira (13) um casal de policiais em Magnaville, na região de Paris, havia sido condenado em 2013 por pertencer a uma rede de recrutamento de jihadistas. Morador de Mantes La Jolie, o francês de 25 anos já tinha cumprido sua pena, segundo a agência EFE. Na época, Larossi Abballa e outras sete pessoas foram condenadas a três anos de prisão por integrar uma organização que enviava jihadistas ao Paquistão. A emissora "RMC" informou que ele abriu um restaurante de fast-food em Mantes La Jolie no ano passado.

Crime
Abballa agrediu com uma faca o policial de 42 anos que estava em trajes civis em um bairro residencial de Magnanville às 21h de segunda-feira (16h de Brasília).
Testemunhas afirmaram que ele gritou Allahu Akbar (Deus é grande) no momento do ataque.

Pouco depois, Larossi Abballa entrou na casa dos policiais. Rapidamente, o imóvel foi cercado pela força de elite da polícia francesa, que tentou negociar com Abballa. Como as negociações não deram resultado, os agentes invadiram o local e mataram o criminoso.

Os policiais encontraram no local o corpo da mulher, que era secretária na delegacia da localidade de Mantes la Jolie. O filho do casal não foi ferido e estava em estado de choque.

Estado Islâmico
O Estado Islâmico (EI) reivindicou durante a madrugada a autoria do crime através da agência Amaq, que é ligada aos jihadistas. A procuradoria antiterrorista abriu uma investigação para apurar o ataque, de acordo com a EFE.

O presidente francês, François Hollande, considerou os assassinatos uma “incontestável ação terrorista”, segundo a France Presse. “A França enfrenta uma ameaça terrorista de grande importância”, advertiu.

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, associou os atos ao "terrorismo" em seu perfil no Twitter.

Hollande se reuniu na manhã desta terça (14) com os integrantes de seu governo encarregados das questões de segurança. Entre eles, estava o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, que fez uma visita às delegacias onde trabalhavam os dois policiais, em Le Mureaux e Mantes La Jolie.

O assassinato dos policiais aumentou a tensão no país, pois acontece no momento em que é disputada a Eurocopa, que começou na última sexta-feira (10) e vai até 10 de julho. A França segue em alerta terrorista após os ataques do ano passado, em particular os de 13 de novembro que deixaram 130 mortos em Paris.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente aqui