terça-feira, 7 de junho de 2016

Cunhada de Ana Hickmann diz que "pedia pra não morrer" após levar tiro

Giovana Oliveira com Ana Hickmann (Foto: Reprodução/Instagram)Giovana Oliveira com Ana Hickmann

Giovana Oliveira teve nove perfurações dentro do corpo e a bala explodiu dentro da perna da assessora de imprensa.

Giovana Oliveira, cunhada e assessora de Ana Hickmann, foiferida com dois tiros por um fã que invadiu um quarto de hotel que ela e a apresentadora estavam em Belo Horizonte. Em entrevista ao "Hoje em Dia" nesta terça-feira, 7, ela contou detalhes do que aconteceu.

"Na hora da bala, foi como sentir um soco no braço. O barulho do tiro foi maior. Um susto! Eu tentei correr. Depois de três ou quatro passos minha perna travou e eu caí. Eu vi sangue na minha mão, mas olhava na minha perna e não via sangue porque estava com uma calça escura", lembrou.

Ela ainda falou que achava que os barulhos de tiros eram porta batendo e que foi socorrida pelo cabeleireiro Julio Figueiredo, o qual não conhecia pessoalmente. "Perguntei se era porta e o Julio me falou que sim. Ele me arrastou pro elevador e me levou pra rua. Me lembro de ter sentado e vomitado na calçada. Minha perna doía muito e eu não entendia o porquê. Ele gritava por uma ambulância".

O cabeleireiro conseguiu parar um táxi pra levar Giovana até o hospital mais próximo e fazia com que ela não adormecesse. "O Julio me arrastou até um táxi igual a um saco de batatas. Agradeço a ele por não desistir. Ele ia no táxi comigo falando pra eu não fechar o olho e eu via tudo em preto e branco. Na emergência me faziam perguntas e eu não tinha notícia do meu marido".

A jornalista se lembra que ouviu pessoas falando "mataram o marido da Ana Hickmann" e como seu marido, Guto Corrêa, se parece muito com o irmão Alexandre, marido da apresentadora, pensou que ele tinha morrido, já que era ele quem estava no local do incidente.

"Estava muito nervosa com isso. Eu pedia informações da Ana e do meu marido e ninguém me falava nada. Tinha muita dor na barriga. Era como se fosse uma cólica fortíssima. Ninguém me dava informação. Uma funcionária que estava com a gente avisou que a Ana e o Guto estavam bem".

Outra lembrança que Giovana tem de seu desespero é que ela implorava pra que não a deixasse morer. "Eu pedia muito pra eu não morrer. Eu pedia pelo amor de Deus. Era uma sensação estranha, eu via muita gente falando. Eu ouvi de um médico que conseguiram me manter viva". 

O tiro que atingiu a cunhada de Ana atravessou o braço, o abdômen, o intestino grosso, o intestino delgado, pelvi e a (artéria) femoral. "Atravessou meu braço, o corpo e explodiu na artéria femoral. O projétil ainda está em mim. O médico falou que não tem risco e que o corpo vai absorver o projétil. Pra tirar ele daqui, só com mais uma cirurgia delicada, que pode atingir algumas veias".

No momento do atendimento, os médicos ainda conversaram com Giovana que ela estava com problema na perna esquerda, fizeram exames, ultrassom e informaram que teria de fazer uma cirurgia senão ela perderia a perna ou poderia morrer. "Eles me pediram pra tomar uma decisão naquela hora. Assinei o papel, tomei anestesia, fizeram a cirurgia (como uma ponte de safena) e substituíram a veia. Quando acordei, vi meu marido e ele me contou tudo o que tinha acontecido".

Nova vida

Depois de nove perfurações internas, Giovana agradeceu a todos que a a ajudaram e alertou que não mais riscos de complicações devido aos ferimentos. "Tenho de fazer fisioterapia duas vezes ao dia pra voltar a caminhar normalmente. Os médicos dizem que voltarei a andar normal", comentou ela que tem usado bengala pra auxiliar. "Ainda tenho pontos, tiro essa semana e ficarei tranquila".

Ao final, a jornalista lembra que os médicos que leram seu prontuário não acreditam como ela sobreviveu. "Todo mundo me diz que nasci de novo. O caminho que o tiro fez era pra eu ter morrido. Se o Julio não tivesse me trazido tão rápido, eu teria morrido".

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