terça-feira, 21 de junho de 2016

Fitch rebaixa notas da Oi após pedido de recuperação judicial

Classificação das agências de risco - rating - nota de crédito (Foto: Editoria de Arte/G1)

Operadora pediu recuperação judicial por alto endividamento na véspera.

A agência de classificação de risco Fitch rebaixou nesta terça-feira (21) as notas de crédito da operadora Oi após a empresa entrar com um pedido de recuperação judicial na véspera. A nota de longo prazo em moeda estrangeira, assim como seu IDR (rating em moeda local) foram rebaixados de C para D. Essa classificação é a mais baixa na escala de notas da Fitch (veja a ilustração abaixo), e representa alto risco de inadimplência aos investidores.

Segundo a Fitch, o rebaixamento reflete o pedido de recuperação judicial feito à justiça do Rio de Janeiro.

O pedido também inclui as subsidiárias OiMovel S.A., Telemar Norte Leste S.A., Copart 4 Participacoes S.A., Copart 5 Participacoes S.A., Portgual Telecom International Finance BV, e Oi Brasil Holdings Cooperatief U.A. Pedido de recuperaçãoA Oi entrou com um pedido de recuperação judicial após não ter conseguido reestruturar sua dívida de R$ 65,4 bilhões, considerada impagável. A operadora é a maior em telefonia fixa do país e a quarta em telefonia móvel, com cerca de 70 milhões de clientes. Segundo a empresa, 60% de seus recebíveis (valores que a empresa tem a receber de clientes de vendas a prazo) estavam penhorados a bancos brasileiros, dificultando sua situação.

A Oi é considerada a maior concessionária de telecomunicações do Brasil. Segundo dados da Anatel de abril, ela detém 18,6% de participação de mercado em telefonia móvel, atrás de Vivo (28,57%), Tim (25,88%) e Claro (25,28%).

Em telefonia fixa, a Oi divide a liderança com a Telefonica (ambas com 34,42% de acessos em serviço), segundo dados de março da Anatel.

Em abril de 2016, a Oi era a quarta empresa com mais linhas ativas na telefonia móvel, segundo a Anatel. Eram 47,6 milhões, o equivalente a 18,6% do mercado de telefonia móvel, segundo a Anatel. Na telefonia fixa, a Oi obteve o primeiro lugar em março junto com a Telefónica, com 14,8 milhões de linhas ou 34,4% do mercado.

Em comunicado na véspera, a maior concessionária de telecomunicações do Brasil afirmou que o pedido de recuperação visa, entre outros objetivos, proteger o caixa das empresas do grupo e garantir a preservação da continuidade da oferta de serviços aos clientes.

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