Eles vão ficar na sede da Polícia Federal, na Lapa, Zona Oeste.
Segundo PF, organização fraudava serviço de gestão de crédito consignado. O ex-ministro Paulo Bernardo e outros cinco presos na Operação Custo Brasil chegaram na noite desta quinta-feira (23) a São Paulo, informou o Jornal Nacional. Os dois aviões da Polícia Federal que trouxeram os suspeitos pousaram no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Eles vão ficar, inicialmente, na sede da Polícia Federal em São Paulo, na Lapa, Zona Oeste, e começam a ser ouvidos nesta sexta (24).
Paulo Bernardo, que foi ministro do Planejamento do governo Lula e das Comunicações no primeiro governo Dilma Rousseff, foi preso nesta quinta-feira (23)suspeito de integrar uma organização formada para fraudar um serviço de gestão de crédito consignado a funcionários públicos.
A empresa contratada para o serviço, o Grupo Consist, cobrava mais do que deveria e repassava 70% do seu faturamento para o PT e para políticos, segundo informaram a Polícia Federal, a Receita Federal e o Ministério Público Federal. A propina paga entre 2009 e 2015 teria chegado a cerca de R$ 100 milhões. "Dezenas de milhares de funcionários públicos foram lesados", disse o superintendente da Receita Federal em São Paulo, Fábio Ejchel.
Ao todo, 11 mandados de prisão preventiva foram expedidos pela Justiça Federal em São Paulo. Oito suspeitos foram presos (sendo dois deles em São Paulo), outros dois ainda não foram encontradas e um já estava na cadeia. Busca
Logo pela manhã, a sede do Partido dos Trabalhadores em São Paulo foi cercada por oito homens do grupo de pronta intervenção da PF, um equipe de elite treinada para controlar distúrbios. Lá dentro, agentes federais vasculharam armários e gavetas.
Os documentos recolhidos foram levados para a sede da PF na capital paulista. Nas caixas dava para ver que havia recibos e material da campanha eleitoral de 2014.
Segundo os investigadores, o esquema de corrupção começou em 2009 e só terminou em agosto do ano passado. Foi quando a Operação Lava-Jato deflagrou a Operação Pixuleco, que deu as pistas para a operação realizada nesta quinta-feira. Principal suspeito do esquema, Paulo Bernardo foi preso em Brasília. Ele estava sendo monitorado pela Polícia Federal desde quarta, quando chegou à capital federal. Foi preso no apartamento funcional da senadora do PT Gleisi Hoffman, mulher dele. O apartamento foi revistado. Assim como o apartamento dele em Curitiba, onde foram apreendidos documentos e equipamentos eletrônicos.
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