quarta-feira, 1 de junho de 2016

POUCA VERGONHA: Escolas têm 15 dias para dar explicações sobre irregularidades

Fiscais encontraram um escorpião no meio da merenda (Foto: TV Globo/Reprodução)Fiscais encontraram um escorpião no meio da merenda
Escola em Ribeirão Preto tem bueiro de esgoto perto da mesa do refeitório dos alunos (Foto: TV Globo/Reprodução)

Fiscais do TCE visitaram 200 escolas em 180 cidades paulistas.
Relatório revela presença de escorpião e pombo em dispensas. As escolas municipais e estaduais onde fiscais do Tribunal de Contas do Estado encontraram problemas no armazenamento e preparo da merenda vão ter 15 dias para dar explicações sobre as irregularidades.. O relatório final do TCE, apresentado na manhã desta quarta-feira (1º), revela a presença de escorpião e pombo em dispensas, e bueiro de esgoto no refeitório. 

O presidente do TCE, Dimas Ramalho, disse que, em alguns casos, pode ter multa ou ação judicial. Ele classificou os problemas como graves e disse que falta gestão. "Não falta dinheiro para merenda, o que nós precisamos cuidar é que esse dinheiro chegue na conta".
Em uma Etec foi encontrado um pombo dentro da sala onde as merendas são armazenadas (Foto: TV Globo/Reprodução)

Na Escola Municipal Florestan Fernandes, em Diadema, a notícia de que fiscais do Tribunal de Contas do Estado encontraram merendeiras fazendo a comida sem luvas deixou as mães dos alunos bem preocupadas.A secretária de Educação de Diadema, Tatiane Ramos, foi até a escola na manhã desta quarta-feira (1º) e mostrou a cozinha - aparentemente limpa e organizada. Ela disse que as merendeiras não usam luvas porque a Vigilância Sanitária prevê outros procedimentos de higiene.

“Até porque elas lidam com panelas quentes, com calor, então, não é uma recomendação da nossa equipe de nutricionistas da Secretaria de Educação. Eventualmente elas fazem o uso da luva para assepsia, para lavar o alimento, mas não é uma exigência nossa. A gente indica que elas não utilizem”, afirmou. “Elas são acompanhadas por uma equipe de nutricionistas que estão constantemente nas escolas, supervisionando o preparo dos alimentos”, explicou a secretária.

Os fiscais do TCE visitaram 200 escolas municipais e estaduais em 180 cidades paulistas. Segundo o relatório, 71% estavam dentro dos padrões de higiene e limpeza, quase 90% serviam refeição e não só merenda seca. No entanto, 88% não tinham alvará da vigilânciadentro da validade.

Nas visitas, os fiscais encontraram vária irregularidades. Na Escola Municipal Adalberto Christo das Dores, em Itapetininga, havia um escorpião no meio dos alimentos. Na dispensa da Escola Técnica Estadual Paulinho Botelho, em São Carlos, havia um pombo.

Em Ribeirão Preto, os fiscais flagraram um bueiro de esgoto bem perto da mesa no refeitório da Escola Professor Baudilio Biagi.

Reforma e desinsetização
A Secretaria Estadual da Educação disse que ainda não teve acesso ao relatório do TCE.
A Escola Municipal Adalberto Christo das Dores, onde foi encontrado o escorpião, disse que está desinsetizada e que a validade é até agosto.

A Escola Estadual Baudilio Biagi - que tem o bueiro no refeitório - disse que vai fazer uma reforma pra resolver o problema.

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