quarta-feira, 1 de junho de 2016

Temer diz, pela 'enésima vez', que 'ninguém vai interferir na Lava Jato'

Presidente em exercício discursou em posse de presidentes de estatais. Ele também afirmou que governo deve ser 'intransigente' com a ilegalidade. O presidente em exercício Michel Temer disse nesta quarta-feira (1º) que reafirma, pela "enésima vez", que não haverá interferência de ninguém do governo na Operação Lava Jato. Ele deu a declaração durante discurso em evento de posse de novos presidentes de bancos públicos e órgão estatais. Desde que vieram a público gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que registrou diálogos de políticos do PMDB, partido de Temer, criticando a Lava Jato, opositores do presidente em exercício acusam que a gestão dele abafaria a operação da Polícia Federal e do Ministério Público.
As gravações de Machado já levaram à queda de dois ministros do governo Temer em menos de 10 dias: Romero Jucá (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transparência).

"Quero revelar pela enésima vez que ninguém vai interferir na chamada Lava Jato", disse Temer no evento, realizado no Palácio do Planalto. "A toda hora leio uma ou outra notícia que o objetivo é interferir. Sem nenhum deboche, digo pela enésima vez: não há a menor possibilidade de qualquer interferência do Executivo nesta matéria", continuou o presidente em exercício.

Ao falar para os novos gestores de sua equipe, Temer disse também que o governo deve ser "intransigente" com tudo que não estiver dentro da legalidade.

"Minha orientação é simples. Se resume a alguns poucos, mas, espero, adequados conselhos. Trabalhar duro, ter o interesse público, preservar a ética e a transparência na gestão, estimular a eficiência, estar em sintonia com os anseios da sociedade e ser intransigente com tudo que se afaste da legalidade", continuou Temer.

Ele ressaltou que não há espaço para um estado "inchado e ineficiente" no Brasil e que a sociedade quer um estado que ofereça condições para o "progresso e empreendedorismo".

"Não queremos estado mínimo nem máximo, mas estado suficiente. E, porque suficiente, eficiente", disse o presidente em exercício.

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