segunda-feira, 11 de julho de 2016

Cachoeira e Cavendish são soltos sem tornozeleira eletrônica

Os empresários Adir Assad, Marcelo Abbud e Cláudio Abreu também deixaram o presídio de Bangu 8.

O dono da Construtora Delta, Fernando Cavendish, o contraventor Carlinhos Cachoeira e os empresários Adir Assad, Cláudio Abreu e Marcelo Abbu deixaram por volta das 4h da manhã desta segunda-feira o presídio de Bangu 8, na Zona Oeste do Rio, sem tornozeleiras eletrônicas e serão monitorados por agentes da Polícia Federal. Os cinco presos na Operação Saqueador foram soltos depois que a desembargadora Nizete Carvalho, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, decidiu no domingo que eles cumpram prisão domiciliar.

Os cinco estavam no presídio Pedrolino Werling de Oliveira, também conhecido como Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó. Eles são réus em ação penal e acusados de lavagem de R$ 370 milhões supostamente desviados de contratos de obras públicas realizadas pela construtora Delta.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) revogou neste domingo a prisão em regime fechado do empresário e lobista Adir Assad, um dos alvos da “Operação Pripyat”, deflagrada na semana passada e que investiga irregularidades na Eletronuclear. Apesar de ter tido a prisão decretada nesta operação, Assad já estava preso em decorrência da “Operação Saqueador”

Na última sexta-feira, o ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), já havia determinado a liberação dos réus para cumprirem prisão domiciliar, com a condição do uso das tornozeleiras. Como o equipamento está em falta no estado, o TRF2 concordou com a liberação sob o monitoramento de agentes da PF.

O Ministério Público Federal e a PF deflagraram a Operação Saqueador no dia 30 de junho. Foram presos Carlinhos Cachoeira, o empresário Adir Assad e Marcelo Abbud, donos de empresas consideradas fantasmas pelos MPF, e o ex-diretor da Delta no Centro-Oeste e Distrito Federal Cláudio Abreu. No Rio, a polícia não encontrou Cavendish, porque eles estava no exterior. O ex-dono da Delta foi preso quando chegou ao Rio, na madrugada do dia 2 de julho.

A Justiça do Rio aceitou denúncia contra Cavendish, Cachoeira, Assad e mais 20 pessoas por envolvimento num esquema de lavagem de verbas públicas federais. A investigação constatou que os envolvidos, "associados em quadrilha", usaram empresas fantasmas para transferir cerca de R$ 370 milhões, obtidos pela Delta direta ou indiretamente, por meio de crimes praticados contra a administração pública, para o pagamento de propina a agentes públicos.

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