sexta-feira, 1 de julho de 2016

Delatora de doping no atletismo russo poderá competir como "independente"

atletismo Sebastian Coe (Foto: Reuters)
IAAF aceita pedido de Yulia Stepanova, e atleta dos 800m poderá voltar às pistas no próximo dia 6 de julho, pelo Campeonato Europeu, e estar presente no Rio de Janeiro. A Federação Internacional de Atletismo (IAAF) aceitou o pedido da atleta Yulia Stepanova para competir como atleta independente nos Jogos Olímpicos do Rio de janeiro, no próximo mês de agosto. Na madrugada desta sexta-feira (horário de Brasília), a entidade informou que seu conselho de revisão de doping liberou a russa por unanimidade e que mais de 80 pedidos formais de outros competidores estão sob avaliação. Stepanova poderá estar na pista no próximo dia 6 de julho, quando acontece o Campeonato Europeu de atletismo, em Amsterdam, Holanda.


"Stepanova é agora elegível para competir em competições internacionais como atleta neutra independente" - diz uma parte do comunicado divulgado pela IAAF.


A entidade que comanda o atletismo europeu reiterou o ponto de vista da IAAF e descreveu a atitude de Stepanova como uma "contribuição excepcional para a proteção e promoção dos atletas limpos".

"Se Stepanova escolher competir em Amsterdam, ela vai competir sob a bandeira da União Europeia de Atletismo" - disse parte do comunicado.

Stepanova e seu marido, Vitaly Stepanov, ex-oficial da Agência Antidoping Russa (Rusada), foram os delatores que tornaram possível a reunião de evidências que provassem a dimensão do esquema para burlar o controle antidoping do atletismo do país. Após fornecer documentos e conceder entrevista à rede alemã ARD, que tornou as denúncias públicas, a atleta foi considerada "traidora" na Rússia e mudou-se para o exterior. A Agência Mundial Antidoping (Wada) a classificou como "corajosa" pelos riscos que assumiu ao expor a fraude. 

Stepanova foi suspensa por dois anos em 2013 após ter sido flagrada pelo uso de substâncias proibidas e perdeu a medalha que havia conquistado no Campeonato Europeu Indoor de 2011. Originalmente ela havia faturado o bronze, mas herdou a prata quando a ganhadora inicial, a compatriota Yevgeniya Zinurova, foi suspensa por apresentar resultados anormais em seu passaporte biológico.

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