Os métodos contraceptivos tradicionais, como a pílula, as injeções e o DIU (Dispositivo Intrauterino), podem estar com os dias contados.
Pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia (Gatech), nos Estados Unidos, desenvolveram uma nova técnica, em que a mulher aplica uma espécie de adesivo — um band-aid — sobre a pele e previne a gravidez por vários meses.
A técnica consiste na aplicação de microagulhas na pele, pela própria mulher, e sem dor.
As perfurações microscópicas permanecem, por alguns segundos, abaixo da pele e permitem a liberação do hormônio levonorgestrel, explica o professor Mark Prausnitz, líder do grupo de pesquisa.
O dispositivo usado para aplicar o hormônio sob a pele foi originalmente desenvolvido para administrar vacinas — depois adaptados para o novo fim.
Adesivo ao lado de blister de anticoncepcionaisPablo Gutman/EFE
“Os contraceptivos atuais de grande duração proporcionam um nível maior de eficácia, porém geralmente requerem que um profissional da saúde aplique o medicamente ou implante um dispositivo na mulher, diz o diretor de Notícias de Investigação, do Instituto de Comunicação Gatech, John Toon.
“Por outro lado, os métodos menos duradouros requerem que os usuários usem com frequência, uma vez que não são tão eficazes”, diz Toon.
Primeiros testes
Os primeiros testes de laboratório com animais apontaram que esse método contraceptivo com microagulhas proporcionou um nível de terapia, com o hormônio que previne a gravidez, por mais de um mês com uma única aplicação na pele, segundo os pesquisadores.
“O objetivo dos experimentos com ratos foi demonstrar que se pode conseguir a concentração de levonorgestrel no sangue de forma que se mantenham em nível elevado e, por consequência, provoque a contracepção em seres humanos”, explica Mark Prausnitz, que é professor da Faculdade de Engenharia Química e Biomolecular de Gatech.
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