segunda-feira, 4 de março de 2019

UFC: Usman relembra infância sem água na África, promete ajudar, e prevê castigo a Colby Covington

Kamaru Usman foi dominante diante de Tyron Woodley no UFC 235 — Foto: Zeca Azevedo
Assim que a luta com Tyron Woodley terminou, Kamaru Usman não precisou esperar pelo anúncio de Bruce Buffer para saber que era o novo campeão meio-médio (até 77kg) do UFC. Após um domínio completo, o então desafiante deixou a emoção rolar solta no octógono, onde teve a presença da família enquanto Dana White lhe colocava o título na cintura. Na coletiva, o lutador nigeriano dedicou o título não só ao seu povo, mas a todos aqueles que têm uma vida difícil.
- Todas as coisas pelas quais lutei não são para mim, são para a minha família e para os povos que sofrem no mundo, não só na África. Quero inspirar as pessoas com vidas difíceis. Esse é um título para todo mundo.

Nascido na pequena cidade de Auchi, com menos de 100 mil habitantes, Usman quer melhorar a vida daqueles que vivem a mesma realidade que teve na infância, principalmente com a falta de água.

- Estou preparando algumas coisas. Na vila onde nasci não tem água limpa e farei um trabalho com uma equipe, uma fundação para mudar a vida das pessoas por lá. Não tive água limpa corrente, tínhamos que andar quilômetros para ter alguma agua. Só para você lavar roupa, cozinhar. E muita gente sofreu com malária e outros problemas envolvendo água. Mas vamos criar soluções para deixar a vida mais fácil para mais pessoas.

Usman também citou outro nigeriano do UFC, Israel Adesanya, que no dia 13 de abril pode se tornar campeão interino do peso-médio (até 84kg). Ele enfrentará Kelvin Gastelum e pode colocar dois cinturões no mesmo país africano.

- Meu garoto, ele é o cara! Tem um talento raro, o conheci antes de ser do UFC. Me disseram: “Tem um outro nigeriano”! E vi que ele seria um "problema" no UFC, e aqui estamos agora. E claro, a Nigéria pode ter dois títulos ao mesmo tempo. Quando vocês iriam imaginar isso? E posso mencionar Francis Ngannou (camaronês), então no ano que vem podemos ter três cinturões (com lutadores africanos).

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