Silmar Silva, um dos indiciados pela CPI de Brumadinho no Senado, confirmou que técnicos interromperam instalação dos equipamentos.
Em depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) de Brumadinho na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o diretor de operações do Corredor Sudeste da Vale, Silmar Silva, confirmou que foi avisado por um funcionário sobre uma falha em dos drenos da barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, que se rompeu em 25 de janeiro deste ano.
Segundo ele, a equipe confirmou uma fratura no 15º dreno da estrutura. Os equipamentos foram instalados para diminuir a liquefação da barragem, ou seja, o excesso de água na estrutura. Esse é um dos motivos que pode explicar o rompimento da barragem.
O diretor admitiu que os técnicos decidiram interromper a instalação dos drenos e que não tomaram nenhuma outra atitude.
— O gerente executivo, que reporta diretamente a mim, me passou mensagem logo cedo, por volta das 6 horas da manhã, por email, dizendo que durante a perfuração do 15º dreno havia tido um carreamento de material e que eles já tinham se deslocado para o campo para tomar ações imediatas. Depois, ele me comunicou que a situação já tinha voltado à normalidade e que os geotécnicos tinham tomado decisão de suspender o processo de perfuração até novas análises.
Silmar Silva é um dos 14 indiciados pela CPI do Senado, cujo relatório final foi aprovado nesta semana.
Nesta quinta-feira (4), a CPI de Brumadinho na Assembleia também aprovou a acareação entre funcionários das áreas operacional e corporativa da Vale. Durante a audiência também foi apresentado um estudo da Universidade Federal de Ouro Preto que, em 2010, já apresentava relatório sobre o excesso de água na barragem da Mina Córrego do Feijão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente aqui