sexta-feira, 5 de julho de 2019

ESCÂNDALO ODEBRECHT: Procuradoria do Equador quer reabrir investigação do metrô.

Em março de 2018 o caso foi arquivado e agora poderá ser reaberto
O prefeito de Quito, Maurício Rodas, negou envolvimento no esquema de propinas da Odebrecht, mas anunciou sua saída do consórcio da obra.

A Promotoria do Equador solicitou na quinta-feira (04) a reabertura da investigação de um caso de suposta corrupção na construção do metrô de Quito, que foi arquivado em março do ano passado e que estava relacionado com o caso de propinas da construtora Odebrecht.

A Unidade de Investigação de Apoio à Promotoria da Polícia equatoriana (UIAF) encontrou "novos elementos" sobre este caso e por isso o Ministério Público pediu ao Tribunal de Justiça da província de Pichincha (cuja capital é Quito) a reabertura da investigação.


O promotor de Pichincha, Alberto Santillán, solicitou ao presidente do tribunal provincial, "a reabertura da investigação preliminar do caso, porque há "novos elementos que não foram cumpridos", acrescenta o texto da Promotoria.

Ele lembrou que em março de 2018 o caso foi arquivado por um pedido da então promotora encarregada do caso, Tania Moreno.

Em dezembro de 2017, o então prefeito de Quito, Maurício Rodas, negou que a construção do metrô na cidade estivesse relacionada ao esquema de propinas da Odebrecht, que dias mais tarde anunciou sua saída do consórcio que executava a obra.

Em fevereiro do ano passado, o então candidato a prefeito de Quito, César Montúfar, pediu ao Ministério Público que investigasse supostos pagamentos ilegais da Odebrecht para a construção do metrô e mencionou entre provas chegadas ao seu poder umas supostas transferências feitas através do Meinl Bank, de Antígua e Barbuda.

Esse banco, de acordo com Montúfar, "foi adquirido pela empresa Odebrecht em 2010 e, através desse banco, mais de US$ 1,6 bilhão em propinas teriam sido canalizados para todo o mundo", embora ressaltou que não dispunha de montantes específicos nem os beneficiados.

O metrô de Quito é um dos projetos mais emblemáticos da capital equatoriana e deve começar a operar ainda este ano ou no primeiro semestre de 2020

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